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Como a leitura a seguir será longa, fica aqui o link para quem quiser pular para a próxima postagem no blog: Link.

A seguir um guia que dará dicas de cornitude. Caso goste, rebloge para fazer alcançar mais pessoas!

GUIA PRA QUEM QUER VIRAR CORNO

O que fazer e o que não fazer para se tornar corno?


SUMÁRIO

O guia a seguir será dividido em:

Sumário;

Introdução;

Sugestão para os solteiros;

Sobre o medo de contar;

Entendendo as diferenças;

E agora?;

Metodologia de compartilhar;

Selecionando o comedor;

Níveis;

Achei melhor não;

Conclusão.


INTRODUÇÃO

A vontade de se tornar corno surgiu, e agora? Como começar? Como manter?

O maior desafio para uma grande parte dos homens que descobriram dentro deles essa vontade de se tornar corno é: como contar para as esposas, namoradas ou noivas e as convencer a se tornarem chifradeiras? Como fazer as suas companheiras monogâmicas se tornarem nas suas maravilhosas e idealizadas Rainhas de Espadas?

O guia trará uma longa e esmiuçada leitura, pois o desafio que esses homens encontram pode ser grande e complexo, tanto em como contar quanto e em como conduzir a relação. Tal leitura é no sentido de explicitar vários pontos buscando um grau um pouco maior de aprofundamento neles.

Começar a ser de fato corno não é algo simples. O medo é um dos grandes obstáculos nessa complexidade que é esse desafio. O compreensível medo de colocarem tudo a perder trava os homens de darem os primeiros passos, os restringindo apenas ao campo da imaginação: que por um lado faz crescer o desejo pela cornitude, já que imaginar a parceira o traindo alimenta o tesão em ser corno; mas por outro os joga num lugar torturante de frustração, uma vez que o desejo nunca vira realidade.

É bom ressaltar que tais temores não só os restringem, como são importantes de serem levados a sério, já que, como veremos adiante, a inconstância do caminhar para se tornar corno trás riscos reais de o relacionamento ruir.

E tanto quanto levar o medo a sério é importante, também é importante assumir que por quaisquer que sejam as motivações que fizeram você chegar nesse dilema, o seu desejo por ser corno é real, existe, está aí e simplesmente ignorar, mentir pra você mesmo e varrer pra debaixo do tapete não são os caminhos que vão resolver o que está passando, até porque isso pode ir te ruindo por dentro de maneira silenciosa (por causa da frustração) ou surgir como um rompante abruptamente com esse sentimento vindo a tona depois de um período pressionado pra ficar escondido dentro de ti, e você poderá não estar preparado ou no momento mais oportuno para lidar com tal rompante. Assuma isso em você e busque entender melhor o que sente, como sente e como se identifica com o que sente. Não faça auto depreciação. Não se demonize. Por mais que a sociedade crie uma pressão para que alguém se sinta envergonhado com essa situação de cornitude, ter esse desejo sexual não faz de você uma pessoa anormal, ruim ou algo que o valha. Desejos sexuais são inerentes ao ser humano. A grande questão é se o seu desejo lhe causa destruição ou em outros. E se sente a necessidade de um acompanhamento com algum profissional da área de saúde emocional e mental por conta desse desejo pra compreender e o decifrar melhor em você, também não fique acanhado, aprisionado na auto depreciação ou na vergonha e busque essa opção, que é válida e salutar.

E tornando aos temores, esse passo de se tornar corno inevitavelmente afeta e muda um relacionamento e o faz não ser capaz de voltar ao que era antes. O grande ponto é sobre como afeta: de forma positiva ou negativa. E esse guia visa compreender melhor os processos e dar sugestões de como ir adiante com o desejo de virar corno.


SUGESTÃO PARA OS SOLTEIROS

Antes de adentrar melhor no assunto, é bom destacar dois tipos de homens que buscam desenvolver esse desejo de se tornarem cornos:

Tipo 1: Homens já casados, noivos ou namorados em um relacionamento monogâmico com parceiras que não saem ou transam com outros homens.

Tipo 2: Homens solteiros, separados, recém separados, ou viúvos.

Essa separação é necessária agora, antes de entrar no guia em si, para que seja feita uma sugestão para os homens no Tipo 2: Busquem, se possível, relacionamento com mulheres que já desenvolveram nelas o prazer pela cornitude do parceiro. Essa é uma alternativa a ser considerada, já que pularia etapas no processo. Mas pra isso, fica também de sugestão atentar para a importância em observar que esse novo relacionamento (caso a sua intenção seja o de ter algo mais sólido e de construir um relacionamento realmente amoroso), deve ser encarado não como uma espécie de contrato meretrício onde vocês só vivenciam isso por interesse financeiro da mulher, já que por exemplo, ao buscar parceiras com o perfil de chifradeiras em chats na internet de salas com esse tema, é grande a chance de aparecerem pessoas que encarem a coisa toda como um grande negócio financeiro, o que vai contra o que se pretende construir, já que a ideia é edificar um relacionamento amoroso novo, e pra isso, se faz necessário laços, vínculos e compartilhamento de histórias de vida que contemplam muito mais do que a parte sexual.

Essa recomendação se dá por uma questão simples: Os homens do Tipo 1 já construíram e estão atualmente em uma base de relacionamento com uma parceira de vida. Essa é a diferença basilar entre os Tipos 1 e 2. Por isso a sugestão, para que os homens do Tipo 2, optando por procurar parceiras com as mentes já desenvolvidas pra esse lado de chifradeiras, encarem esse novo relacionamento pensando em construir com ele um novo amor, e não algo estritamente sexual pavimentado nessa via financeira.

Não que seja errado ter experiências assim, é que o intuito do guia é promover auxílio para os homens que querem se tornar cornos e encontram nos primeiros passos um grande desafio, pois o cuidado é justamente preservar a relação amorosa. Portanto, há que se destacar que existem diferenças em ser corno, ser sugar daddy e ser escravo (embora na cornitude o casal tenha a possibilidade de desenvolver a relação para esses lados), sendo o cerne da questão no guia o desenvolvimento da cornitude em relacionamentos afetivos mais sólidos, beleza?

E caso você, do Tipo 2, já esteja se apaixonando por uma mulher com o perfil monogâmico ou não queira procurar por uma mulher que já tenha uma característica de chifradeira, a dica é não esperar demais para compartilhar com a nova parceira, já que terá a vantagem de construir a relação desde o início com ela conhecendo você por inteiro. Continue lendo o guia para ver sugestões sobre esse desenvolvimento na relação.

Ah, outra coisa. Para os recém separados ou recém viúvos: procurem respeitar antes o luto da separação, já que se trata de um processo poderoso que afeta fortemente com o corpo e com a mente, logo, acrescentar um novo fator com uma proporção de efeito de mudança também física e emocional como é a cornitude, pode não ser o indicado nesse momento e o desdobrar de se escolher viver a cornitude nesse momento pode não ser o melhor. Fica a sugestão para que fortaleçam a saúde emocional antes.


SOBRE O MEDO DE CONTAR

“Quero ser corno, mas tenho medo de contar pra minha companheira!”

Esse medo vem de um lugar: o homem que quer ser corno sabe que isso VAI MUDAR A FORMA COMO A ESPOSA O VÊ E PODE ARRUINAR A RELAÇÃO. Mesmo que não o saiba dessa maneira, de forma consciente.

Ele tem medo de ser abandonado. Tem medo de ser odiado pela parceira. Tem medo dela sentir repulsa não só pela ideia, mas por ele também. Tem medo e o medo paralisa. Ele sabe que não é um desejo considerado comum. Tem medo da reação negativa da parceira, seja essa reação qual for.

O caso é que sendo uma reação negativa ou até mesmo sendo uma reação positiva, contar vai gerar uma mudança forte que não terá como desfazer e irá desencadear processos grandes no relacionamento.

Por isso é importante, antes de qualquer outra coisa, se fazer a principal pergunta de todas: PARA ONDE VOCÊ REALMENTE QUER LEVAR O SEU RELACIONAMENTO COM A PESSOA QUE VOCÊ AMA?

Reflita sobre essa pergunta.

A ansiedade do desejo é a maior inimiga para quem quer virar corno. Esse fato é importante de se ter em mente: A ANSIEDADE DO DESEJO É A MAIOR INIMIGA PARA QUEM QUER VIRAR CORNO. Ter paciência é ouro. E uma pergunta dessa magnitude, que é a de para qual lugar você quer de fato levar o seu relacionamento, requer uma reflexão profunda, planejada, bem elaborada, e não algo afoito pensado só com a cabeça de baixo. E o fato de você estar lendo esse guia já mostra um bom sinal de que está buscando compreender de forma mais racional as implicações do desejo. Refletir sobre a pergunta, em muitos casos, não simboliza pensar só na pessoa que você ama, porém nas pessoas (no plural) que você ama, já que muitos homens que querem ser corno, não estão só num relacionamento com uma parceira, mas já construíram um relacionamento com ela que gerou filhos, e isso também tem de entrar na reflexão.

Iniciar a cornitude abre uma porta no relacionamento onde entrarão coisas, possibilidades e pessoas desconhecidas ao casal. A reflexão também transcorre nesse sentido: você saberá lidar com as consequências? Saberá ajustar-se aos desdobramentos e aos imprevistos? Saberá dosar o ciúme? Saberá transmitir pra parceira as impressões certas? E por aí vai. Tenha de antemão a ciência de que teoria e prática serão diferentes nesse assunto, já que cada ser humano é complexo e não se dá para controlar tudo que vier a acontecer ou os vários sentimentos e conflitos entre eles que surgirem ao longo do caminho. Embora refletir e preparar as condições de maneira inteligente é muito melhor do que se lançar na cornitude sem preparo algum.

E é de se imaginar que nessa altura do guia e frente a essas perguntas talvez o leitor deve ter se questionado se vale a pena viver a prática da cornitude. O guia, dentre outras coisas, visa auxiliar os primeiros passos, e cabe ao leitor fazer as reflexões necessárias. Mas observe que há companheiros que vivem a prática, sendo grande, aliás, o nicho dessas pessoas. Há, inclusive, casais de décadas de experiência nessa prática, que já passaram juntos por várias fases na cornitude (e uma valiosa sugestão para que alguém que é pretenso corno: busque tais casais para conversarem a respeito com a finalidade de aprender com a história de vida deles, tais casais podem ser encontrados, por exemplo, na internet, em chats da temática cuckold, em apps de redes sociais, entre outros lugares). Para que se consiga viver a prática, no entanto, é necessário que o casal lide com vários fatores e pense nas possibilidades, e isso requer que um guia assim, como esse confeccionado pelo Blog Cornelanato, aborde diversos pontos como os que foram referidos até então.

Por isso, dadas as primeiras perguntas com o propósito de que haja tal reflexão para lidar com os temores, o pretenso corno tem de abrir o entendimento acerca de certos aspectos entre homens e mulheres. Expandir os horizontes da sua compreensão nas concepções de relacionamento amoroso tanto sua quanto a da sua companheira.

Para isso, a seguir virá um tópico que abordará melhor essa compreensão, que está diretamente ligada ao enfrentamento dos temores.


ENTENDENDO AS DIFERENÇAS

Para análise, o guia parte do senso comum, num âmbito geral, se baseando em vivência, observação, leituras e relatos. É evidente, entretanto, que há pessoas e pessoas e que cabe ao pretenso corno analisar na companheira a aplicabilidade do que se encontra no guia. Em outras palavras, o guia se baseia nos comportamentos e visões e reações gerais que são encontradas e compartilhadas nas vivências e relatos dos casais cuckold, entre outras coisas, mas um pretenso corno que busca referências no guia pode ter uma parceira com concepções diferenciadas de aspectos aqui abordados ou se identificar mais ou menos com o lado chifradeira de ser, portanto sendo mais ou menos difícil de lidar nesse processo. Terá mulher que ouvirá do companheiro a vontade de ser corno e não vai ser tão difícil dela se estimular em trair, no entanto, haverá aquelas que ao ouvir de seus companheiros tal desejo, terão mais dificuldade em aderir e se estimular (ou ainda terá a possibilidade de haver mulheres que sob nenhuma hipótese irão aderir, e para esse caso, é destinado no guia um tópico ao final, chamado “Achei melhor não”). Por isso, uma sugestão importante para todo e qualquer pretenso corno é: prestem a atenção na sua parceira! Busquem conhecer ela de forma mais adequada e estabelecer um canal de comunicação melhor onde ela se sinta mais segura e a vontade pra se abrir com você e passe a te ver como um porto seguro. Aprendam a ouvir ela melhor e passem a aprender mais o que elas gostam.

Uma vez interessados em prestar melhor a atenção na companheira, o pretenso corno também deve se interessar em compreender as diferenças que há nas concepções de homens e mulheres no relacionamento amoroso. Para trazer esses aspectos ao auxílio na reflexão do pretenso corno, este guia, tendo como ponto de partida o senso comum no que o senso coletivo construiu até o momento, teve de pinçar, explicitar e descrever características de tal senso. Assim sendo, vale ressaltar que esse senso coletivo que foi construído através do tempo tem elementos de sexismo, não sendo o objeto de questão entrar em mérito ou demérito acerca disso, mas cabendo ao guia apenas os evidenciar por razões pedagógicas, para que o leitor, caso nunca tenha reparado ou refletido acerca, passe a tomar conhecimento e tenha condições de elaborar conclusões a respeito.

Isso posto, pode-se adentrar no campo das diferenças para entendê-las.

Iniciaremos com um exemplo muito comum em vários casais por aí: Lorena e Júlio andavam de mãos dadas aproveitando um belo passeio num aprazível sábado ao entardecer por um bonito parque estadual. Tudo transcorria bem, eles conversavam e observavam as belezas naturais que o parque oferecia aos visitantes, circulavam em meio ao trânsito de outros frequentadores, até que Lorena pede para Júlio aguardá-la, pois precisava ir ao banheiro. Nesse meio tempo, uma mulher de corpo e beleza exuberantes pelo padrão da sociedade se aproxima de Júlio pedindo informação. Júlio, solícito, tenta explicar pra moça as orientações que ela precisava. Lorena, ao avistar de longe a situação, já fechou o semblante e se aproximou do companheiro, segurando a mão dele. A moça, recebendo a informação necessária, agradece ao casal e parte em seu destino. Lorena nada diz, mas faz questão de demonstrar pra Júlio sinais claros de que estava insatisfeita. Júlio demora um pouco, mas percebe que algo não estava certo e se coloca a pensar pra tentar achar o problema, revisando os últimos acontecimentos pra identificar onde estava o erro. Seria ciúmes da moça que ele mal interagiu? Não poderia, até porque internamente ele sentia que a moça era “muita areia pro seu caminhãozinho” e que as chances de uma menina daquelas prestar a atenção nele daquele jeito e de ter algo real com uma moça nesse padrão de beleza elevado pela sociedade, ainda mais assim, do nada e num espaço de tempo tão curto, era tão esdrúxula que beirava o ridículo que Lorena se sentisse com ciúmes ou sentisse que estava ameaçada. Mas sentia.

Pode parecer um exemplo simplório e bobo, mas algo parecido já aconteceu com você? Sabe porque sua parceira se sentiu ameaçada e com ciúmes nesse tipo de contexto onde claramente não tinha possibilidade de ter algo real que a ameaçasse de fato? É porque para ela (que você conquistou ao ponto de ter um relacionamento amoroso), de maneira consciente ou instintiva, tu é capaz de conquistar qualquer uma. A forma como a sua parceira te olha é fundamental, guarda essa informação. Isso é importante para que a gente comece a entender as diferenças nas concepções.

Pra se expandir o entendimento de diferenças nas concepções de relacionamento amoroso, é necessário fazer um retrospecto na infância feminina comum.

E por qual motivo? Porque desde cedo, via de regra, elas recebem estímulos, que os meninos não recebem, relacionados tanto ao casamento quanto na concepção de cônjuge. E inclusive, a festa de casamento na vida adulta, por exemplo, é uma consumação desses estímulos onde a indústria do casamento ornamenta todo o evento para ser um acontecimento voltado para a noiva, sendo o noivo o coadjuvante. Evidente que não entrará o guia no mérito se uma cerimônia dessas é genuína (ou algo que o valha) ou não, apenas destaca um ponto (entre tantos) numa perspectiva hiper simplificada para reflexão que auxilia na compreensão do todo que se propõe a auxiliar, mas sugere aos que ainda não passaram pelo rito para que passem e aproveitem cada momento junto com a companheira, vençam juntos cada obstáculo e imprevisto que por ventura apareça e vivam esse sonho juntos, com afeto, com amor, com romantismo e união, reforçando cada vez mais o compromisso com o relacionamento e com o que ele representa na vida.

Voltando às diferenças, com a ideia desses estímulos em mente, vejamos uns exemplos: Em geral, desde pequenas elas são bombardeadas com contos, fábulas, desenhos, histórias, filmes, animações, entre outras coisas, que transmitem todo um conceito onde a mulher é uma princesa e o seu par romântico é O homem, O príncipe, O herói, (enquanto outros pretendentes são retratados como alguém digno de repulsa ou como vilões) e traz toda uma tônica ultra romantizada sobre o amor e entrega. Além disso, somado aos estímulos dessa ordem, elas também são treinadas pela família com a finalidade de tomarem cuidado para não se tornarem mal faladas (e toda uma gama de medidas restritivas que visam limar comportamentos, como vestir, falar, se posicionar, tomar cuidado com as posturas corporais, entre outras coisas), versarem no desenvolvimento de serem donas de casa recatadas, e, em muitos casos, são afetadas pela religião com toda sorte de moralismo, proibições e gatilhos de culpa e vergonha.

Ao expandir o seu entendimento para a existência desses estímulos que, via de regra, elas são expostas desde pequenas, o pretenso corno consegue identificar, dentre um leque grande de reflexões, um ponto chave: conscientemente ou não, por boa parcela de culpa de tais estímulos, ao entrarem numa relação amorosa, elas: têm dificuldade de desassociar sexo de amor; não tem facilidade de dar vazão aos desejos mais libidinosos (pois foram reprimidas desde cedo no modo como se vestem, falam, gerem o próprio gestual, entre outras coisas como já supracitado) para não serem mal faladas; e por aí vai. Juntando isso com os também citados sortilégios de moralismos e gatilhos de culpa, elas, via de regra, tendem a sentirem repulsa por ideias como essas num relacionamento amoroso (e tem um fato curioso, só pra constar: há mulheres que solteiras tem mais facilidade pra experimentar desejos libidinosos, mas ao entrar numa relação amorosa, se acorrentam novamente nas condutas limitantes e aderem ao pendor da repulsa em experimentar com o parceiro o desfrute de atos sexuais mais libertinos).

E agora que se tem uma compreensão melhor dessas diferenças e desses estímulos, retomemos algo importante que foi citado: uma vez que uma parceira conhece esse desejo de um pretenso corno, a forma como ela o enxerga muda. Ela vai deixar de ver em você esse homem que ela enxerga hoje. E nem só pela questão da possível repulsa pela ideia, mas uma vez que consiga que ela tome gosto por traí-lo, a visão dela também mudará, já que, via de regra, mexe com as concepções que desde pequenas lhes foram imputadas (dentre outros fatores). Por isso a citada inconstância no relacionamento. Por isso a necessidade de questionar o para onde se quer levar a relação. Até em que nível de mudança se pretende chegar, já que uma vez iniciado o processo, não tem como desfazer ou prever o que ocorrerá (embora se possa refletir e preparar o terreno).

Mulheres e homens podem ter uma visão diferente sobre as concepções de relacionamento e sobre cornitude, portanto, uma sugestão, é que o pretenso corno, se possível, busque pesquisar com quem entende com propriedade do universo feminino: mulheres. Caso tenha possibilidade, converse com mulheres a respeito e pergunte acerca da visão delas. Isso ajudará ainda mais para a expansão do seu entendimento.

Com essa clareza no entendimento, o pretenso corno já consegue identificar que dar o primeiro passo não é uma tarefa simples e que as palavras de ouro são: EMPATIA E PACIÊNCIA.

O primeiro passo exige essa abordagem sobre esses vários aspectos: O temor do pretenso corno ao contar; a forma como a companheira o vê quanto homem e parceiro; para qual lugar se quer levar a relação com o advento da cornitude; se está de fato pronto para ser corno e a imprevisibilidade que ocorre com isso; dosagem de ciúmes; os estímulos que, via de regra, a companheira recebeu desde pequena sobre relacionamentos amorosos; e como ela vai interpretar e reagir ao seu desejo.

Ele terá de lidar com a timidez (tanto sua quanto dela), com as concepções de relacionamento amoroso que se consolidaram depois de ficarem expostas aos estímulos citados, com os gatilhos de culpa, com as amarras do moralismo, com questões emocionais e comportamentais a que foram doutrinadas, o zelo pela própria fama, com temores e desconfianças, e com dificuldades de se estabelecer em si um lugar de acolhimento para ela abrir seus desejos libidinosos.

Essa labuta de ter de lidar com essas questões é como chegar em um terreno baldio querendo transformá-lo em um jardim florido e, para tanto, ter de limpar, tirar entulhos e remover focos de água parada, arrancar ervas daninhas, cuidar do solo, ornamentá-lo, deixá-lo pronto pra receber o que você quer cultivar, o fertilizar… colocar enfim as sementes e cuidar para que elas floresçam, cuidar pela manutenção do jardim.

Em outras palavras: o desejo de ser corno nesse ponto não é desejo dela, é seu! Para dar o primeiro passo, caso tenha optado por fazê-lo (caso tenha optado por não seguir adiante, consulte o tópico “Achei melhor não”), o pretenso corno tem de preparar o terreno. A pergunta é: como?


E AGORA?

Esse tópico desse guia confeccionado pelo blog Cornelanato poderia se chamar “O QUE DEVO FAZER?”, mas a verdade é que desde a introdução o guia já o direciona sobre dicas do que fazer. As reflexões já são um direcionamento para uma mudança na postura com o intuito de preparar o pretenso corno. Ao refletir, ele já começou a fazer. Agora é o momento de pegar as reflexões e os resultados que você tirou delas para definir onde e como empregar as energias.

“Como assim”, você pode estar se questionando. Retomemos o conceito de que até esse momento, o desejo de ser corno é um desejo particular seu, e não da sua companheira, certo? O que tem de se ter em mente é que você não pode em hipótese alguma impor esse desejo na sua companheira, mas sim COMPARTILHAR. Pra tanto, porém, deve levar em consideração todas as reflexões feitas até aqui, o perfil que você observou ser o da sua companheira e uma vez sabendo onde quer levar a sua relação com ela, deve escolher os métodos que melhor vão atender o que deseja no desenvolvimento da cornitude dentro desse relacionamento e empregar as energias para tentar alcançar o objetivo.

E qual o objetivo? Ser corno é, sobretudo, uma questão de identificação. Uma auto descoberta. Para compartilhar com a sua parceira o seu desejo, você deve antes entender qual a sua identificação com a cornitude? O que gosta, o que não gosta, o que aceita, o que não aceita, o que sente que a sua parceira tem mais tesão, o que ela não aceitaria (lembre-se, o desejo nesse ponto do guia é seu, mas uma vez compartilhado, ele passa a ser dela e o prazer tem de ser prioridade pra ela, afinal, será ela quem se permitirá ter o corpo em contato com experiências com outros homens, fora que a cornitude é um ato de entrega do corno ao prazer da companheira), até onde vocês devem construir juntos a cornitude, e até onde pretende ir o abalo da cornitude no relacionamento (porque para o bem ou para o mal, é um abalo), os níveis da sua entrega na cornitude, de submissão, de fetiche, e por aí vai (o tópico “Níveis” trás uma leitura que auxilia melhor sobre a tomada de decisão no objetivo).

Uma vez estabelecido o objetivo dentro de todas as reflexões até aqui (incluindo as reflexões tiradas na leitura do tópico “Níveis”), o pretenso corno tem uma base para poder trabalhar em dar o passo que é o de compartilhar com a parceira o seu desejo de levar chifres.

Já ouviu falar no termo: “doses homeopáticas”?

Em sentido figurado, o termo corresponde ao que é feito de forma gradual, com calma, diluído em pequenas doses, de maneira constante… e é nesse sentido que o pretenso corno deve administrar o compartilhamento do seu desejo de ser um corno.

Você até pode chegar do nada pra sua companheira e dizer: “Oi, amor. Com licença, preciso te contar uma coisa: quero ser o seu corno!”, mas a probabilidade de isso ser um desastre é imensa. Por esse motivo o guia (dentro de tudo que já foi abordado e refletido) sugere que o pretenso corno vá com calma, com muita paciência, aos poucos, sentindo dia-a-dia o feedback que ela dá aos estímulos que ele empregará no sentido dela experimentar a ideia. Avançar ou regredir de acordo com os resultados, lembrando sempre que a ansiedade do desejo é a maior inimiga para quem quer virar corno, e que você está lidando com a, via de regra, “limpeza de um terreno baldio” simbolizada em todo o histórico de estímulos contrários na formação de concepção de relacionamento amoroso naqueles moldes já citados e que por ventura ela possa ter ficado exposta.

Agora que você já refletiu, escolheu prosseguir, definiu os objetivos e pretende compartilhar com a parceira o seu desejo de ser corno, precisa de ideias de métodos pra isso.


METODOLOGIA DE COMPARTILHAR

Não adianta iniciar o guia olhando no sumário o nome do tópico e pular o texto vindo direto pra cá, já que desde a introdução se tem todo um preparo para essa etapa, de modo que a metodologia é aplicada sabendo-se os porquês e para quês.

Compartilhar o desejo da cornitude envolve, como citado, o entendimento de muitos aspectos, observação e escolha de objetivos.

É, depois de preparar o solo, tornando-o fértil, plantar no imaginário da sua companheira a semente que você escolher dentro do resultado das reflexões e observações feitas até aqui, a semente que melhor vai se adequar aos objetivos traçados, e zelar pela manutenção para o florescimento.

Com isso claro, a melhor forma de começar é criar uma ponte de confiança e diálogo aberto pra você falar, e principalmente ouvir dela sobre tudo, incluindo desejos sexuais. Dê a ela incentivos pra se comunicar, doses pequenas de elogios e demonstrações de desejo. Dê a ela pouco a pouco um lugar de segurança pra que ela venha a se desinibir. Um pouco a pouco que seja natural e não uma mudança abrupta, radical e forçada que venha a soar como algo hostil, oriundo de uma ansiedade predatória, que a deixará desconfortável.

Tenha em mente que isso também é um amadurecimento em ti e você vai adquirindo experiência no desenvolvimento de melhorar como companheiro e no interagir com ela. Por esse motivo também que se faz importante ir aos poucos, pra ir pegando o jeito e se aprimorando, ao invés de tentar de cara algo abrupto, desajeitado e contraproducente.

Pra isso você pode ir inserindo toques de safadeza aqui e ali, de formas inesperadas e criativas, mas pequenas, e até carinhosas. Vai mexendo com o imaginário dela falando besteira no ouvido durante o sexo, começando com coisas leves e comuns, observando sempre a reação, o feedback aos estímulos. Separe um tempo antes ou depois da transa pra estimular o corpo dela e enquanto o faz, com carinho e cumplicidade, promova conversas sobre sexo, busque ouvir e estimular nela que ela lhe conte os desejos que ela gosta, como gosta de fazer as coisas e caso sinta que ela está mais aberta pra falar, pergunte sobre as melhores experiencias sexuais que ela já teve antes de você e se tem coisas que ela queira fazer. Se ela o perguntar se você tem algo que queira fazer e você não se sentir seguro pra ir direto ao ponto (e melhor que ainda não o faça), poderá dizer que nesse momento você tem ficado cada vez mais viciado no prazer e no tesão dela e que quer construir experiências boas nesse sentido, junto com ela. E caso ela insista, experimente em falar sobre facesitting. Acostumar ela com a ideia de te forçar a chupá-la é uma sugestão interessante. Caso ao perguntar o que ela queira realizar sexualmente e ela te surpreender falando algo no sentido de iniciar a sua cornitude, mostre predisposição em aceitar e que acha excitante a ideia ao mesmo tempo que deverá mostrar pra ela que está preocupado com o relacionamento e que vocês devem estar bem alinhados e unidos antes de experimentar.

Criar essa ponte é bem importante. Confiança é tudo! Mostrar pra sua companheira que você é um parceiro que a aceita e que ela encontra em você não só um lugar sem censuras, mas um lugar de acolhimento e estímulo, desejoso de viver coisas gostosas com ela e sedento pelo prazer dela, é o pavimento ideal para que ela venha a se sentir confortável ao trair.

Caso sinta que ela está mais aberta para safadezas, pode criar um hábito de assistir um pornô com ela de vez em quando (mas veja se sua companheira gosta, pois tem mulheres que não se sentem a vontade assistindo pornografia), um pornô leve a princípio, só pra estabelecer o hábito de assistirem juntos.

Concomitante a tudo isso, elogie cada vez mais a beleza dela pra elevar a autoestima e encorajar que ela valorize ainda mais a auto imagem (não esqueça de cuidar da sua auto imagem também, afinal, é um estímulo a mais fazerem isso juntos e também é um recado pra ela que você gosta tanto de estar com ela que isso faz você querer estar bonito pra ela também), dê presentes vez ou outra (de forma surpresa ou a levando pra comprar junto e deixar que ela participe da escolha) como roupas mais ousadas, bikinis, maquiagem, e até brinquedos eróticos (observando sempre as reações e o feedback dela pra avançar ou recuar nos presentes) ressaltando o mulherão que ela é e que vê-la potencializando o potencial dela é uma coisa boa. E claro, não deixe de dar presentes românticos como flores (caso ela goste de flores), por exemplo. Passe a estimular que ela saia pra se divertir com as amigas mais vezes e também saia mais com ela pra se divertir na noite, se possível, com uma roupa nova que você deu e que realça a beleza do corpo dela. Diga que a vida é curta e que ela merece não só sobreviver, mas passar a viver, a ter momentos melhores e a se divertir mais, estar mais aberta para boas experiências. Ao estimular para que vocês saiam mais, não fique só em passeios para essa temática, obviamente. Implementar uma dinâmica de passeios onde o foco é estimular a líbido dela não exclui a necessidade em zelar por atividades mais tranquilas do casal e da família. Manter esse tipo de saúde e equilíbrio também faz parte para que a mulher se sinta segura e não interprete mal o seu desejo. E pra evidenciar ainda mais isso, não deixe de dar para ela demonstrações de amor. Não deixe de lado seu romantismo, pelo contrário, o faça crescer, de forma natural.

É uma dinâmica de paciência, de tentativas, observação de reação e novas tentativas, talvez mudando a abordagem. É estimular, é lidar com concepções enraizadas há décadas, e por isso tem de se ir devagar. Não fique frustrado caso se depare com alguma negativa, tenha paciência, recue, espere, analisa o que pode ser feito diferente e retome com uma abordagem sob nova perspectiva. O pretenso corno também evolui nesse processo e vai se aprimorando como companheiro, aprimorando em como construir uma ponte de diálogo e confiança, em como edificar nele um lugar pra ela se sentir segura, em como ouvir a sua mulher, em como deixar ela solta pra contar os desejos sexuais, em como estimular ela, em como observar as reações aos estímulos e traçar ações para essas reações, e por aí vai. É ver o que vai funcionando para vocês enquanto casal.

A depender da parceira, esse processo pode ser mais rápido ou lento, cabendo ao pretenso corno respeitar o ritmo dela e perceber quando ela estiver pronta pra uma abordagem mais direta.

Alguns tipos de abordagem mais direta podem ser adotadas quando a esposa estiver mais envolvida com essas mudanças e mais aberta para safadezas. Quando o pretenso corno sentir na companheira a segurança de que pode entrar nesse campo de inserir abordagens mais diretas, ele pode recorrer a recursos (todos ou alguns deles, vai da percepção) como:

A) Criar hábito de fazerem jogos eróticos como “Strip Poker”, “Eu Nunca”, “Verdade ou Consequência”, e por aí vai. O intuito é tornar diversões e brincadeiras eróticas algo mais natural na vida de vocês, saindo da mesmice do sexo habitual, ir extraindo dela mais informações sobre as vontades dela, e quando ela já estiver mais desinibida em relação a cornitude, servir como base pra chamar algum amigo pra ver um jogo, filme, ou jantar e depois, num clima de descontração, sugerir jogar “Strip Poker” ou qualquer jogo desses.

B) Experimentar, ao transar com ela, chupá-la logo depois de ter ejaculado dentro dela. Perceba a reação que ela vai ter na primeira vez e diga que ela é tão gostosa que você queria sentir o sabor do prazer que vocês acabaram de ter juntos. Você ainda pode beijar ela na boca depois disso. O importante é ir acostumando nela a ideia de que você a chupa, mesmo com o canal vaginal esporrado. Ejacular na boca da sua amada e beijá-la de língua logo após também é um recurso que não pode ser ignorado.

C) Criar uma espécie de admirador secreto para ver a reação que ela terá e para mexer na autoestima dela, reacendendo nela a sensação de que ela é uma mulher desejável para os olhares de outros homens. Há mais de uma forma para isso e o pretenso corno pode elaborar algo que acredite que funcione bem dentro do que ele conhece da parceira, o importante é a eficácia em despertar na mulher o que se pretende. Um exemplo é você dizer em algum passeio, tipo uma praia, que ao comprar alguma coisa, ouviu de longe uns caras elogiando ela… ou um outro exemplo de como você pode fazer isso é levá-la para sair pra algo na noite e pegar um guardanapo do estabelecimento, arrumar um jeito de colocar nele um recado (disfarçando sua letra de modo a tornar ela irreconhecível, ou pedir pra alguém fazer se for possível) do tipo: “Estava observando de longe e lamentei o fato de estar acompanhada. Você está maravilhosa! Tanto que eu não poderia ir embora sem que podesse ao menos expressar o quanto a achei atraente e bonita. Espero que a noite seja agradável e que possam desculpar essa liberdade que tomei para elogiar.” e solicitar a um garçom que entregue pra ela junto com um drink, mas que lhe diga que um cara que estava indo embora pediu pra que fosse entregue antes de sair (pra eliminar a chance dela querer saber quem é). Isso abre possibilidades para que vocês conversem sobre o quanto ela desperta desejo em outros homens e o quanto você estava certo sobre ela valorizar ainda mais a beleza dela e quanto isso a torna uma pessoa ainda mais cativante e apaixonante e o quanto você fica feliz de ver ela assim. Essa dica, no entanto, requer algumas observações: cuidado para que ela não fique com medo ao receber o recado, passe tranquilidade de que não é alguém mal intencionado e que foi só algo de teor elogioso mesmo e que é algo normal de acontecer, tenha a situação sobre controle; veja a reação dela (se ela vai te contar ou se ela vai ter vergonha e jogar fora ou esconder o papel) e reaja de acordo sem forçar a barra (respeite se ela não contar, isso vai te mostrar que ainda não se sente segura, tome como aprendizado); pode-se utilizar isso mais tarde, caso ela tenha lhe contado, como ponto de referência pra cornitude ao dizer que depois disso passou a imaginar como teria sido se tivessem chegado nela, e que isso foi te dando tesão.

D) Depois de criar o hábito de ver um pornô leve com ela, insira vídeos de mulher dando pra dois caras. Veja a reação dela. A partir daí, caso seja uma reação positiva, você pode estimular mais o imaginário dela: usar o brinquedo erótico que você comprou pra simular uma dupla penetração nela, perguntar no ouvido dela se ela tá gostando de levar duas varas ao mesmo tempo e dizer que você tá adorando ver ela gozando assim e que se ela quiser dar vazão ao desejo que o corpo dela claramente está mostrando que quer, você toparia fazer a 3. E pra finalizar, você pode ejacular dentro dela e enquanto ela está assim, recheada, insira o pênis de borracha ou o vibrador nela e a chupe. Veja como ela reage com essa simulação de você agindo como corno, chupando ela enquanto ela está sendo penetrada por outro pênis e limpando ela. Dedique-se bem na chupada e tente provocar ela tanto verbalmente quanto buscando contato visual pra olhar nos olhos dela enquanto você faz isso.

E) Com a esposa já bem mais aberta pra possibilidade, insira no diálogo entre vocês a possibilidade, só por curiosidade, de vocês irem ao swing, só pra conhecer e pra olhar, sem fazerem nada. E de fato, se ela topar, a leve com esse intuito, para que ela se sinta segura. Uma vez que estiverem lá, a proteja. Ela precisará do seu apoio pra se sentir mais tranquila. Respeite o ritmo dela e não force a barra lá. Se divirta junto com ela e aproveitem a noite. Caso ela queira, que seja uma escolha dela subir para as cabines, ou ficar com outro cara, mas não insista e tampouco demonstre frustração. Já saia de casa com esse espírito de que o intuito da noite é se divertir junto com ela, conhecer um ambiente novo e ter uma noite agradável. O que vier além disso é lucro, mas que ocorra de forma natural, até pra que seja uma experiência gostosa. A primeira experiência dela se permitindo fazer sexo com outro não pode ser traumática cheia de apurrinhações, forçadas de barra ou clima de um marido, noivo ou namorado emburrado porque não está como idealizou ou porque ele teve crise de ciúmes (e se na hora sentir tal crise, guarde pra você, não demonstre pra ela nem por um segundo, afinal, você quis e lutou para que ocorresse e não é culpa dela, além do que, depois a crise passa e o desejo de ser corno reaparece, sendo que ao não ter demonstrado a crise de ciúmes, você poderá ter nova chance de aproveitar melhor, fora que tudo que sentir no momento que ela estiver transando com outro cara, vocês podem resenhar com calma depois, após terem digerido o ocorrido). Tenha sempre paciência e empatia, lembre-se disso!

Tais recursos são algumas possibilidades de ir quebrando o gelo, mas o pretenso corno tem de exercitar sua percepção e criatividade pra filtrar e elaborar o que funciona. O intuito é ir aos poucos inserindo a ideia no imaginário dela e estimulando áreas nela para que se eleve nela a receptividade para essas experiências.

Tem um recurso mais direto que é comum aparecer na mente do pretenso corno, como uma forma super excitante de fazer acontecer o primeiro chifre, mas é de altíssimo risco e recomendável APENAS se ele tiver certeza de que a companheira vai reagir bem (do contrário não faça!):

F) Achar um futuro comedor (aquele cara que o pretenso corno já sabe que a mulher tá com alguma queda) e combinar que ele fique escondido, para que você possa chamar sua companheira ao quarto, dizer que quer fazer algo especial com ela, e a partir daí deitar ela na cama, tirar sua roupa e vendar seus olhos deixando-a imersa ao sentido do toque, para assim, sem ver, apenas sentir, o corpo dela ter a sensação surpresa de ter outro homem penetrando nela, com a anuência do agora oficialmente corno.

É, como citado, um recurso de risco elevado demais, então, cuidado.

“Fiz as reflexões, tracei o objetivo, tenho obtido êxito ao quebrar o gelo com ela colocando em prática os métodos. E agora?”


SELECIONANDO O COMEDOR

A primeira experiência, o primeiro chifre é inesquecível! E precisa ser uma experiência prazerosa e confortável tanto pro casal e em especial para a mulher, que traga um gosto de quero mais, e pra isso, tanto o casal tem de estar no clima, quanto o comedor ser um cara que entenda se tratar da primeira vez do casal e o respeite (sim, por mais que você tenha o viés da submissão e tenha tesão em ser humilhado tanto pela mulher quanto pelo cara, já que vocês estão em um processo de evolução, é necessário que a primeira vez seja pavimentada em uma base sólida e tranquila), sobretudo se a mulher no ato demonstrar alguma insegurança ou desconforto (e caso haja, tanto corno quanto o comedor tem de transmitir pra ela a tranquilidade e a segurança necessárias para que ela fique bem, e se for preciso, não prossigam com o sexo na ocasião, sem cobranças, sem neuras, sem demonstrações de insatisfação, pois é um processo e essas coisas são naturais e fazem parte, cabendo enxergar a trajetória até aqui e encarar como um avanço valioso), e por fim, um cara sigiloso e discreto.

Selecionar o comedor é uma tarefa que demanda paciência e sensibilidade.

Passar da teoria e dos estímulos no campo emocional e imaginário para a prática é um salto grande. O preparo até aqui foi para tornar esse salto mais assertivo.

E uma característica no comedor é a principal para ser bem assertivo: A MULHER TEM DE TER TESÃO NO CARA!

É justamente ISSO que dá todo sentido ao chifre! Não é meramente ela fazer sexo com outro cara. Não é de forma alguma ela se sentir coagida ou fazer isso de forma burocrática pra atender um capricho do marido, do noivo ou do namorado. É ela TER PRAZER EM DAR PRA OUTRO, é ela TER TESÃO AO TRAIR! Já ao pretenso corno, cabe se alimentar desse prazer que a mulher sente nisso.

Nessa altura em que você já a estimulou ao ponto de se sentir seguro nas investidas mas diretas, via de regra ela já começa a não censurar nela alguns pensamentos e desejos, e é possível que ela já tenha na vida dela um ou mais caras que ela queira pegar, por isso que geralmente é a mulher quem escolhe o comedor. Ainda assim, o casal pode escolher juntos.

A escolha pode ser feita no ambiente que melhor combina com ela: pode ser realizada em chats, apps de namoro ou sites da internet de swing; ou na própria casa de swing ou festas do gênero; ou ainda no próprio convívio social do casal ou esposa, caso haja no trabalho, escola, vizinhança, entre outros, algum cara que se enquadre no perfil que estiverem buscando; ou ainda em passeios como praia, piscina, festas, bares, danceterias, entre outros.

Uma vez que a questão “comedor” já está pensada, é hora de abordar os níveis da cornitude e sobre como manter a relação com esse novo elemento.


NÍVEIS

A pergunta feita no tópico sobre o medo de contar (“para onde você realmente quer levar o seu relacionamento com a pessoa que você ama?”) está também ligada ao nível da cornitude que um pretenso corno quer alcançar. Ligada também com a identidade que o pretenso corno tem com a sua cornitude.

No universo cuckold há diversos tipos de identificação ao qual um corno possa se descobrir. Vai desde um corno que tem tara por fica em oculto, escondido em um cômodo, ou assistindo por câmera, passando por aqueles que tem tara pelo voyeurismo, pelos que participam dividindo a esposa sendo um corno/comedor, até aqueles que tendem a se identificar com um lado mais submisso que tem tara por cinto de castidade, humilhações e bissexualismo forçado.

E só um parêntese: (uma sugestão: ter registros de áudio, imagens e vídeo do chifre pra ver depois com a amada e pra punhetar enquanto leva o chifre é legal, só cuidado para não se tornar um corno chato que empata a trepada da mulher com outros caras para ficar solicitando tal registro. Tente encontrar uma moderação que faça isso ser agradável e estar dentro do clima legal que o casal vier a estipular. E nem toda pulada de cerca dela tem de ter registros nessa ordem, e está tudo bem. Mais vale o prazer dela na hora).

Essa identidade que o pretenso corno descobre em si somado ao resultado sobre a reflexão da pergunta citada irão refletir no relacionamento, sobretudo na mudança de olhar que a parceira terá de seu companheiro. Lembrando que uma vez que ocorre o chifre, não há como reverter e fingir que não ocorreu.

Essa retomada de reflexão se dá ao fato de que ao mergulhar no universo Cuckold, o pretenso corno e a sua companheira podem acabar adentrando em níveis cada vez mais profundos e cada nível guarda em si desafios e sentimentos que o casal precisa ter em mente, para manter a saúde da relação, já que o mergulhar nesse universo pode trazer inconstância.

Percebam, conforme os níveis forem sendo descritos, as alterações que, via de regra, vão ocorrendo na relação e a citada inconstância. Vejam e reflitam sobre como zelar pela saúde da relação e assim evitarem os piores cenários, que irão de encontro aos temores que se teve no início.

Uma vez que esteja estabelecida a identidade do pretenso corno na sua cornitude e para onde se quer levar a relação com sua mulher, vejamos os diversos níveis que se pode mergulhar (lembrando que conjecturar de fato todos os níveis que existem é bem difícil, mas o guia abordará alguns importantes):

  • Nível 0

Já revisado pelo guia, o nível inicial é justamente o nível em que o homem descobre nele a cornitude, vai identificando e construindo nele a identidade que ele possui como pretenso corno. Aqui ele ainda está preso nas dúvidas, nos medos, e está limitado no desejo e na imaginação, cada vez maiores. Aqui, a frustração pela não realização do desejo pode afetar a relação caso contamine a forma que o pretenso corno lida no trato com sua parceira, cabendo a ele se policiar e buscar ajuda para a sua saúde emocional.

  • Nível 1

Também já sido abordado pelo guia, esse nível representa aqueles homens que engatilharam o processo de estimular a parceira, compartilhando com ela o seu desejo de serem cornos e aqueles homens que já conseguiram contar de forma clara o seu desejo por tornar um chifre. Ambos os tipos de situações já os fazem sair do nível anterior e mergulharem nesse, já que saíram da estagnação para promoverem a mudança na direção de se tornarem cornos na prática. Esse nível requer, como já citado, toda uma compostura de paciência e empatia para que a relação não desande e não gere brigas desnecessárias, já que a companheira pode se sentir ofendida ao invés de lisonjeada, e também porque mexe com concepções enraizadas há muito e as reações por causa desse bulir são imprevisíveis, requerendo do pretenso corno as cautelas já vistas no guia.

  • Nível 2

Aqui a parceira JÁ DECIDIU QUE VAI TRAIR o pretenso corno. Nesse nível, tanto ela quanto o parceiro estão na fase de pensar e selecionar um comedor, e como já citado, há diversas formas para que haja essa escolha. Nessa altura, a mulher já se sente desinibida com a ideia e se permite baixar as defesas para as opções. Uma das possibilidades bem comuns é o de a mulher se sentir confortável em dizer ao futuro corno que tem um cara que ela tá ficando afim, que já vinha tendo uma queda por ele e que isso foi aumentando conforme foi descobrindo esse desejo de cornitude, que é um cara que vem dando em cima dela e ela recusava as investidas, mesmo o achando gostoso, mas que agora o tem correspondido… e nesse momento em diante, no dia-a-dia, ela vai relatando ao parceiro as cada vez mais frequentes interações entre ela e esse cara, fazendo do chifre questão de tempo, até que um dia ela conta pro parceiro que finalmente aconteceu e ele passou a ser oficialmente corno! Aqui a reação é fundamental. Sendo sua experiência nesse nível a desse exemplo que é bem comum, ou de outra forma, essa fase trás consigo um risco ao qual tem de ser observado: ter conseguido tomar o primeiro chifre é um baita avanço, mas não significa que a parceira tenha se tornado uma chifradeira frequente. É até comum que muitas mulheres depois de terem chifrado pela primeira vez, se sintam culpadas e tenham até dificuldade em olhar nos olhos dos companheiros logo depois, mesmo se elas tiverem ADORADO a trepada com outro cara. O guia trás reflexão e dicas sobre as interpretações da parceira no desejo de um pretenso corno, entretanto, nessa parte da etapa, depois de ter finalmente dado pra outro, é natural que bata na mulher a já esperada insegurança no relacionamento e é aqui que o já corno tem de ter um grau elevado de jogo de cintura e sabedoria para que a companheira não leve ao coração o sentimento de que ele não a ama mais. Há de se ter uma paciência imensa, já que é comum que nessa fase da etapa ela queira testar e colocar a prova a relação, cabendo ao corno de primeira viagem saber lidar e demonstrar que a ama. Cabendo ao corno a demonstrar de formas práticas que ele leva o relacionamento a sério e que está cada vez mais compromissado com ela e não menos. Tem de se ter em mente que ao menor erro, ela poderá jogar na cara dele que ele não a ama mais e que está tentando arrumar mecanismos pra terminar, colocando ela nos braços de outro. Outra coisa que se tem de ter em mente é que uma vez mergulhado nesse nível, não há como retornar aos anteriores. Ao menos não como se nada tivesse acontecido. O chifre é uma marca permanente.

  • Nível 3

Nesse nível as coisas vão se estabilizando. O casal passou pela rebentação e as dúvidas sobre o relacionamento já se dissiparam. Claro que o casal tem de ficar atento para alguns aspectos como ciúmes, não deixar a cornitude cair numa rotina burocrática e mecânica, tomar cuidado pra não acharem comedores sem noção (o corno tem de proteger sua parceira dessas situações), e outros pormenores, nada que, via de regra, o bom e já sólido canal de comunicação entre o casal não resolva, mas é uma fase que ela já se sente mais a vontade pra conversar com o corno claramente e de forma natural sobre o assunto, ela já sente mais tesão na vontade de trair e isso faz que as experiências dela chifrando o parceiro vão ficando mais numerosas e melhores. Aqui a identidade do corno a respeito de sua cornitude tende a aflorar junto com o lado de chifradeira da parceira e tem de se ficar alerta para onde o relacionamento vai ser direcionado, já que é comum o casal querer se aprofundar mais do que esse nível e se lambuzar mais nas experiências de cornitude. Percebam que nesse nível a visão que a parceira tinha do seu companheiro já não é mais a mesma de antes, já que agora ela não o vê como única fonte humana de prazer sexual e já não tem mais necessidade de manter elevada a sua defesa e a sua blindagem para os assédios de outros homens.

  • Nível 4

Um bom sinal que o casal se aprofundou nesse nível é quando experimentam coisas mais ousadas. Quando a mulher chega pra encontrar o corno depois de uma bela trepada com outro cara e o corno percebe que ela está com sêmen do comedor saindo de dentro dela e escorrendo pelas pernas, ou no meio da transa com outro na frente do corno, ela própria remover a camisinha e deixar o comedor gozar dentro, tudo com o intuito do corno fazer aquela tão sonhada limpeza, por exemplo. Essa vai ser, inclusive, a maior sensação de tesão e prazer que o corno, via de regra, vai sentir até então, já que se completou todo um ciclo desde que ele saiu da estagnação da imaginação para enfim poder saborear o tesão irrestrito que a parceira teve ao se liberar de forma mais intensa na trepada com outro, sentindo na boca o gosto das misturas dos gozos que essa traição tão almejada proporcionou. E isso vicia. Sentir que a sua amada se libertou ao ponto de se conectar com a líbido dela e ter se permitido entrar em contato com um prazer nessa profundidade é algo que mexe com a mente do corno e dá um tesão inimaginável, muito melhor do que já tinha conseguido pensar. E vicia. No entanto, assim como no mergulhar do nível 1 ao nível 2, essa mudança grande na profundidade pode reacender na parceira inseguranças sobre o relacionamento. O corno terá de reafirmar ainda mais o amor que sente por ela e o compromisso dele para com a relação. E ele fará, já que tanto sente mesmo que a ama ainda mais, quanto por estar viciado nesse prazer tão intenso que eles acabaram alcançando. Dificilmente vai querer retornar ao nível 3 depois que prova o nível 4. É bom o casal manter em mente a saúde do relacionamento e passar a entender e conversar mais sobre o que nesse nível funciona pra eles, levando em consideração de que nem tudo se resume a sexo e a vida em casal tem outras áreas, responsabilidades e alegrias. Isso porque esse nível se mistura com o próximo e as coisas podem sair do controle.

  • Nível 5

Ao entrar no nível 4 e começar a atender ao natural apetite de fazer coisas mais ousadas (que parte dos dois ou de um cenário em que um acaba instigando o outro e o contagiando pra fazer), o casal floresce os lados da cornitude e da chifradeira e iniciam um processo que pode evoluir para lados imprevisíveis, dentre eles, a separação (por fatores como crises por ciúmes ou falta de ciúmes; inseguranças emocionais; entre outros fatores). O desenvolvimento e aprofundamento nesse quesito é o que se pode chamar de entrar no nível 5. Aquele olhar que a sua companheira nutria de você como O homem não existe mais. Se não totalmente desfeito, ao menos não da forma que existia antes. Agora ela o olha como o corno que você é, viciado em beber esperma de outros homens de dentro dela e em ver ela dando e tendo prazer com machos capazes de dar a ela prazer sexual que você não alcança para proporcionar pra ela. E aquela velha troca de prazer monogâmico entre você e sua parceira que bastava pra retroalimentar os dois já deu lugar a essa troca de prazeres entre vocês onde você desenvolve o tesão pelo prazer que ela sente sendo comida por outros caras e ela, alimentando-se desse seu prazer, desenvolve nela o tesão em te fazer de corno e te colocar cada vez mais nesse lugar. É uma nova simbiose que acaba pulsando mais quente do que a anterior na relação de vocês. E daqui que se desenvolvem algumas vertentes na cornitude, como a implementação do uso do cinto de castidade, idas em festas liberais com mais frequência, humilhações tanto da parte da esposa quanto do comedor, existência de comedores fixos na lista de contatos dela, e por aí vai. Esse nível trás consigo riscos consideráveis também: uma delas é que o corno pode ficar tão viciado ao ponto de em muitos casos, um corno passar a ter muito mais tesão na mulher ao pensar nela dando pra outros do que pensando nela dando pra ele próprio, ao compasso que a parceira pode cada vez menos ver no parceiro alguém que a sacie sexualmente, passando a querer cada vez mais dar apenas para comedores que despertem tesão nela, escanteando o parceiro, evitando de fazer sexo com ele, e isso não é algo simples de lidar. Reparem que ao adentrar nos níveis, a mulher é que sentia insegurança emocional, já aqui as coisas se invertem e é o corno que está suscetível a sentir essa insegurança e passar a ter essa sensação de que ela não o ama mais, uma vez que ela poderá sentir estar perdendo o interesse sexual nele e não o veja mais como O homem. Aqui se percebe ainda mais a profundidade da pergunta sobre para onde se quer levar a relação. Outro fator de risco que decorre do fato da cornitude, como já citado quando o guia diz que é como abrir uma porta no relacionamento para a entrada de coisas e pessoas que o casal desconhece, é o risco da mulher se apaixonar por um dos comedores. Não há regra prévia no casal que impeça isso de acontecer caso tenha de ocorrer. Cabe ao casal entender os sentimentos e achar a melhor solução para essa coexistência ou separação. Lembre-se que os riscos são oriundos do desejo que partiu de você, então caso aconteça, busque soluções pacíficas e entendendo que era algo previsto e entendendo que a vida também continua e você pode reerguer e seguir em frente, inclusive com auxílio de profissionais especialistas na saúde emocional. Como bom argumento ao favor do corno nesse dilema, caso ocorra, ele poderá ressaltar para sua amada que ele se tornou um companheiro cada vez melhor e se conectou emocionalmente e prazerosamente com ela de uma forma singular, caso tenha zelado pela saúde da relação como sugerido no guia, de forma que nenhum comedor seria capaz de dividir com ela uma jornada tão profunda e libertadora.

  • Nível 6

Não se aplica a todo corno manso, mas dado a identificação do corno com o viés de submissão, pode-se mergulhar em níveis mais profundos na cornitude. Querendo ser um corno por completo sentindo o máximo de entrega ao prazer da mulher ao dar pra outros e de o humilhar quanto corno, o chifrudo manso passa a sentir necessidade de ultrapassar barreiras e pudores pra desejar que a parceira realize a inversão de papéis e até mesmo que algum comedor de sua amada o coma também, na frente dela, já que há muito tempo esse desejo de se entregar para um viés de submissão nessa profundidade já estava crescendo na mente do corno. Aqui há distinção entre mulheres que também há tempos tem permeando no seu imaginário esse desejo em submeter o parceiro a isso e tem aquelas mulheres que se desencantam em relação ao parceiro. Em ambos os casos, porém, há o consenso de que a visão que elas tinham do homem que elas escolheram como parceiro no relacionamento mudou ainda mais drasticamente não os enxergando mais só como corno, mas, via de regra, também como gays e isso pode fazer com que haja o desejo pela separação, já que pode abalar o significado da relação amorosa que vocês iniciaram e desfazer, na cabeça delas, alguns alicerces de confiança. O sentimento que pode brotar como erva daninha no coração de uma mulher nessa etapa, e com razão, pois são coisas que ela sabe que acontecem por aí, é o de que o homem que ela escolheu pra ser parceiro sempre esteve “dentro do armário” sem poder se mostrar pra sociedade e que o enlace entre os dois nunca passou de uma mentira, de um subterfúgio pra ele se blindar das pressões, e que agora tem utilizado tudo isso como artefato pra vivenciar a homossexualidade sem represálias. Cabe ao corno nessa etapa se esforçar para reforçar no relacionamento todos os significados de amor e compromisso e desfazer todas as mazelas de desconfiança, mostrando que é algo restrito dentro da evolução da sua cornitude e, assim como fez na etapa de compartilhar com ela o desejo de ser corno, compartilhar e estimular aos poucos a sua parceira nessa tara, enquanto reforça os alicerces na relação (ou sendo o caso dele ser de fato gay ou bissexual e ainda assim sentir verdadeiro o amor que ele tem por ela, demonstrar isso e buscar superar os obstáculos e a redesenhar o design da relação com essa informação, de modo que ela sinta que o relacionamento não é baseado em mentiras e que é possível construir com ele um novo caminhar juntos, aproveitando essa nova fase). Há também de se destacar que assim como no nível 4 o corno se vicia quando a parceira ultrapassa barreiras, nessa etapa, ao experimentar esse nível de humilhação, caso consiga experimentar, sendo o chifrudo adepto ao viés da humilhação, o corno também se vicia.

  • Nível 7

Tem ainda mais profundidades para se mergulhar no universo da cornitude e esse nível retrata o casal que juntos caminham para atos mais extremos. Esse nível pode se misturar com o próximo, se distinguindo apenas no valor que o corno tem para a sua parceira. Atinge esse nível quando o casal, já, via de regra, alinhado e uniforme com a cornitude, optam por mudanças permanentes. Uma delas é aceitarem que a esposa engravide propositalmente de outro. Outra, não muito diferente, é quando a esposa engravida de outro de forma não planejada e o casal se alinha em levar adiante a gravidez, onde o corno assume a paternidade. Outra grande mudança é a formação de um trisal, que vai além de aderir a um comedor fixo. Aqui o corno aceita que a mulher comece um novo relacionamento amoroso com outro cara e passam a viverem um relacionamento a 3. Seguindo na linha de mudanças mais definitivas, tem casais que aderem ao uso permanente do cinto de castidade, vetando de vez ao corno o direito dele penetrar a esposa com seu pênis. Tal nível, por mais extremado que pareça, é um dos que são mais estáveis, pois pra chegar nele, o casal já se alinhou e venceu obstáculos ao ponto de seguirem numa vertente que gera esses níveis de mudança. Mas claro, como em todo nível, tem de se ficar alerta, uma vez que, o ser humano é complexo e pode no futuro não ter mais as mesmas convicções de quando optou por tais mudanças.

  • Nível 8

A depender do desenvolvimento da saúde emocional que o casal consolidou até aqui e da profundidade de submissão na cornitude, esse nível é atingido quando o corno passa a não ser visto mais no patamar de parceiro como antes ele era. Ele sofre um tipo de rebaixar na relevância que sua parceira tinha sobre ele. A mulher passa a não ligar mais pra ele. O corno passa a não ter mais valor pra nada. As convenções sociais do relacionamento entram em colapso e ficam subversivas. A mulher passa a não se importar mais se as pessoas sabem que seu parceiro é corno. Passa a sair com os homens que quiser, onde quiser, com direito a demonstrações públicas de afeto ou de ato impudico. A fama de corno está impregnada em seu parceiro, e bem feito pra ele. É comum nesse nível que tanto os amigos do corno quanto os dela a comam no hábitat do casal sem se preocuparem com a presença do corno. É um nível raro de se atingir, mas há casais que atingem. A mulher nesse nível não sente necessidade de separar, já que não se importa mais e apenas trata o parceiro como um acessório, uma babá para os filhos (caso os tenha) e como uma empregada doméstica. E há de se entender que não é pra se entrar no mérito de certo ou errado aqui, e sim do que funciona para o casal. Se realmente funcionar esse mecanismo, que o casal

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