#acordando

“Acorda, meu corninho! Sua putinha já chegou…” Não maneira mais deliciosa de acordar do que sentir o corpo nu de minha amada quando ela chega de manhã depois de ter passado a noite na cama de outro homem.

O cheiro de sexo recém-feito na pele da minha amada quando ela me acorda pela manhã vinda da cama de outro homem ée o meu perfume favorito. Acompanhado dos beijos, carícias e daquele “bom dia, meu amor” quase sussurrado ao meu ouvido me fazem acreditar que acordei no paraíso…

Um pouco preocupado [mas nem tanto], recebo com alivio aquela foto de manhã bem cedinho dela na cama de outro homem: “Desculpa, amor: traí você de novo… mas foi tããão gostoso. Perdoa?”

Senti falta da minha amada durante a noite ao meu lado na cama, mas estava tão cansado que sequer me ocorreu levantar para procurá-la. De manhã, encontrei-a deitada no mesmo sofá em que acomodamos na noite passada nosso amigo que ficou até mais tarde. “Ué? Cadê ele, amor?” perguntei. Ela, esfregando os olhos e se espreguiçando, respondeu com vozinha de sono: “Já foi, amor” e baixando um pouco a calça larga do pijama acrescentou em voz maliciosa: “mas deixou um recado pra você aqui dentro de mim…”

Sou o tipo de homem que não se cansa de ver a sua amada acordar na cama de outro homem: ir buscá-la cedinho e encontrá-la espreguinçando-se nua, com carinha de sono, ao lado de outro homem e ver um sorriso de formando naquele rosto adorado acompanhado de um “bom dia, amor”. Nunca é igual o jeito que ela se veste e se despede do homem com que passou a noite, se quer logo vir embora ou se me pede para esperar mais um pouquinho para transar mais uma vez, nunca é igual o cheiro da infidelidade impregnado na pele macia dela… a única coisa que se repete é o meu encantamento por ela, que faz crescer a cada nova manhã o amor que teno por ela.

Aquela já havia se tornado nossa maneira favorita de começar o dia: minha amada entrava no quarto junto com os primeiros raios de sol, vinha perfumada, banho recém tomado e duas xícaras do nosso café favorito - especial para essas manhãs. Com as pernas sobre as minhas, minha Sheherazade infiel contava estórias mais gostosas que os meus sonhos: onde passara a noite, quantas bocas havia beijado, com quantos homens havia transado, fazia meu coração apaixonado palpitar com os detalhes das infidelidades daquela noite. Depois nos deitávamos abraçados e dormíamos até bem tarde, enroscados um no outro.