#namorada puta
Quando ela veste a lingerie que comprou para me mostrar e entra no quarto fazendo pose e perguntando: “Fiquei bonita?” e eu caminho até ela, seguro com carinho sua cintura e sussurro no seu ouvido: “Mais linda que isso, aos meus olhos, só você deixando outro homem tirar essa lingerie e você se colocar de quatro para ele te comer na minha frente...”
Minha amada atende o telefone na praia: “Oi, gato! Não, não tô em casa, tô na praia - sozinha! Sem amigas, sem namorado… Se você pode vir aqui? Claro! Vou adorar ter você aqui comigo! A gente pode até dar um pulinho no apartamento do meu namorado aqui perto: tenho as chaves e ele só volta ao fim da tarde, que tal?”
Em seguida, liga para mim: “Oi, amor! Tem problema de eu usar seu apartamento hoje à tarde? Sim, amor, claro que é homem! O que mais poderia ser? Ainda não conhece sua namorada? Depois te conto tudo direitinho, tá? Te amo!”
Mas deixe ela escolher, ok?
[Banheiro da Faculdade de Educação da UFRGS]
Uma namorada que sorria e me olhe assim enquanto beija a boca de outros homens - é pedir muito?
Uma namorada que poste fotos assim nos stories do Instagram depois de transar [não necessariamente comigo] - é pedir muito?
“Para!” disse ela cobrindo os seios esorrindo para aquele amigo surfista com quem foi passar o fim de semana na praia em seu trailer e que tirava fotos dela nua enquanto dormia. “É para o seu namorado, gata…” ele argumentou continuando a fotografá-la. Ela estendeu o braço que cobria os seios para alcançar a coxa forte dele e explicou com a languidez de quem acabou de acordar: “Meu namorado vai gostar é de ver fotos com você nu entre as minhas pernas, me fazendo gozar… Vem aqui me dar um bom dia decente e depois a gente envia as fotos pro meu namorado. Ou você acha que ele me deixou viajar com você para a gente ficar conversando?”
“Amiga, sei que você vai achar uma loucura, mas preciso da sua ajuda: só confio em você…” escreveu minha namorada para aquela sua amiga de longa data que trabalhava com cinema. “Sua amiga respondeu prontamente: Fala, mulher! Você sabe que pode contar comigo, sempre!” Um pouco reticente e envergonhada, minha amada continuou: “Então, amiga, queria que você me ajudasse a fazer um vídeo meu transando…”
A amiga, não entendendo muito bem do que se tratava, foi direta: “Você tá me convidando para um ménage?” e minha namorada respondeu prontamente: “Não, amiga! Quero dizer, se você quiser depois, talvez… não é com o meu namorado, é com dois amigos meus. Eles são uns queridos! Se você quiser, depois, eu falo com eles…”
Chocada e ainda sem entender, mas já gostando da ideia, ela quis saber mais: “Sua maluca! O que você anda aprontando?” Depois de pensar um pouco, ela respondeu: “Mês que vem eu e o Bruno fazemos três anos juntos e eu quero dar um presente que faça ele entender que eu sou a mulher da vida dele…”
Já de férias da faculdade naqueles meados de dezembro, minha namorada me mandou uma foto de biquíni em frente ao espelho em sua casa no início da tarde enquanto eu estava no trabalho: “Amor, vou passar na sua casa depois da praia, tá? Vamos jantar juntos? Quer que eu leve algo?”
Eu sabia que aquela selfie de biquíni era um convite fofinho para começarmos a falar assuntos picantes e não me fiz de rogado: “Quero, sim, meu bem: quero sua bucetinha cheia da porra daquele monte de macho que fica dando em cima de você na praia quando eu não vou junto.” Poderia soar agressivo a qualquer um que não nos conhecesse, mas era justamente aquilo que ela ler. “Hmmm, seu safado! Hoje eu vou ficar te devendo, amor, mas quando a gente casar você vai encontrar vários deles andando pelados de pau duro pela nossa casa, deitados na nossa cama, no meio das minhas pernas… pode ser, amor?” respondeu ela no mesmo tom.
Eu, no meu papel de namorado compreensivo, respondi: “Tudo bem, amor, mas você fica me devendo essa, ok?” Ela, seguindo o roteiro do nosso jogo amoroso, continuou: “Sim, amor, eu sei que vou ter que dar muito para pagar tudo que eu tô devendo, mas eu prometo que vou pagar tudinho, com juros e correção, e na sua frente pra você não ter dúvidas de que sou uma mulher de palavra!”
Enquanto eu precisei fazer uma siesta depois daquele almoço de domingo na praia, minha namorada ficou conversando com aquele amigo do meu irmão que veio passar o fim de semana com a gente na praia. Eu já havia percebido alguns olhares um pouco tímidos trocados entre eles e, mesmo sem saber explicar porque, aquilo me agradava.
Ao acordar, ouvi suas vozes vindo da varanda, embora não pudesse entender nada do que diziam. Me aproximei devagar e aos poucos a conversa foi ficando mais clara. “Então é por isso que você está solteiro, porque gosta de sair com mulheres casadas?” ela perguntou com curiosidade. “Não necessariamente casadas, mas comprometidas” ele corrigiu e ela, sem hesitar, emendou: “Como eu?” Ele, sem um pingo de pudor, rebateu: “Sim, como você.”
Alguns instantes de silêncio e ela retoma: “Faz sentido… elas não vão querer comprometer seus relacionamentos, você conserva sua liberdade e passam um momento gostoso juntos - todo mundo ganha e ninguém sai machucado.” Ele concordou com o raciocínio dela e antes que ele pudesse fazer-lhe uma pergunta, ela continuou, como se falasse consigo mesma: “Antes de começar a namorar, eu saía bastante com homens casados, mais velhos, sabe? Sexo gostoso e sem complicações… mas nunca topei com caras mais jovens que pensam como você.”
Percebi que ele cautelosamente baixava a voz para falar com ela: “Se tivesse encontrado, não estaria namorando?” Ela riu e respondeu sem hesitar: “Não, nada disso! Não deixaria meu namorado escapar por nada nesse mundo! Mas talvez tivesse que ter com ele uma conversa que eu pretendo ter bem mais tarde no nosso relacionamento…” Ainda em voz baixa, mas com naturalidade, ele emendou: “Se eu puder ajudar…”
Pelo tom de voz da minha amada, senti que ela sorria: “Coloca seu número aqui no meu celular, quando eu passar por Floripa, te dou um toque e a gente pega uma praia juntos.”