#mangueira
Da série “Tem muito Brasil”: Manga.
Na casa de um amigo em um Natal todos os dias de manhã era preciso recolher uma média de 20 mangas caídas pelo seu quintal. A produção era tanta que até para doar ficava difícil. Ninguém sabia mais o que fazer com tanta manga.
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Era apenas um banho refrescante de mangueira no quintal da nossa casa numa tarde quente de verão: ela ria e se exibia nua para mim, abria a boca para receber o jato de água fresca feito uma menina e eu sentado ali, admirando a beleza da mulher que escolhi para encher meus dias de alegria e imaginando-a assim, toda faceira, em companhia de outros homens nus.
Ela ainda não sabia [talvez suspeitasse], mas meu coração me dizia que no próximo verão ela molhará outros corpos com aquela mangueira: eles correrão atrás dela, a agarrarão pela cintura, apalparão sua bunda, rolarão com ela na grama, outras línguas explorarão seu pescoço e seus seios enquanto suas mãos ávidas procuram o caminho para entre suas pernas; suas mãos fortes segurarão firmes seus quadris quando ela se puser de quatro olhando-me nos olhos. Eles se revezarão atrás da minha menina até que ela tenha gozado tantas vezes quanto tiver vontade e, por fim, sentada sobre os próprios pés no gramado, ela vai receber assim, no rosto delicado, nos seios pequenos e na boca aberta toda a porra contida dos nossos amigos de pernas trêmulas em pé ao redor dela.
Sim, meu pobre coração, no próximo verão, se Deus quiser!
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