Quando ela me ligou, séria, dizendo que precisávamos conversar, eu sabia que ela ia me confessar uma infidelidade: meu amigo com quem ela transara na noite anterior já havia me avisado. No mesmo café em que a pedi em namoro, na mesma mesa, ela me esperava de olhos baixos. Correram alguma lágrimas antes que ela começasse a falar: “Traí você com outro homem, amor: vou entender se você nunca mais quiser olhar na minha cara” e levantou-se para ir embora. Detive-a segurando sua mão, ajoelhei-me e puxei as alianças que trazia no bolso: “Eu sei, minha amada infiel. Eu sei e esperava por isso. Você aceita se casar comigo e ser minha esposa infiel?”