#poesia concreta

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 “Mas Isso Faz Muito Tempo”, poema de Vitor Silveira “Arcaico Blues da Estrela Solitária”, poema vis

“Mas Isso Faz Muito Tempo”, poema de Vitor Silveira
“Arcaico Blues da Estrela Solitária”, poema visual de Vitor Silveira 

“Dessa janela sozinho
olhar a cidade me acalma

Sempre fui estrela vulgar
a vagar
Já ri e posso dizer que já chorei
sei bem escolher
Não preciso do Cruzeiro do Sul
sei me orientar

As lembranças estão sob um
pátio abandonado
Assim como estivemos naquelas tardes
mornas, não normais

Éramos todos
profetas nos corredores
Fui meu próprio capitão do mato
Caçador de mim

Em doze quartos fechados
(janelas abertas ou não)

No terror dos
possíveis vivos
embaixo da escada

Mas isso faz muito tempo
Em cada esquina que passei
Cada praça que estive
Cada tarde que matei
e vi o corpo negro da noite
cair

Num trem das cores
(não esqueço o teu sorriso colorido)
ou no último 46 da noite

Eu sei, não me diga
Esquecer as promessas
e mantê-las vivas
Esquecer as promessas
é mantê-las vivas”

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