#ziggy marley

“Ah, então você é daquele tipo que leva a namorada chupar o piroca de outros caras...” sentenciou aquele semi-conhecido, amigo de amigos, em nossa mesa esperando o riso complacente dos demais. Respondi sem elevar o tom de voz: “Prefiro pensar que sou o tipo de homem a quem uma mulher pode confiar seus desejos mais secretos sem ter medo de ser julgada e que vai estar ao lado dela mesmo nos momentos mais improváveis - como chupando a piroca de outro homem, por exemplo. Mas você pode entender como quiser: eu não ligo...”

Os amigos, mesmo surpresos de me verem admitir aquilo em público, não deram a ele o benefício do riso e, desde então, notei neles uma espécie de admiração respeitosa por não ter vergonha de ser eu mesmo. A única mulher do grupo, também amiga de amigos, quis me conhecer melhor e ficou comigo na festa a que fomos todos juntos depois do bar. Namoramos alguns meses e, mesmo não tendo transado com outros homens [que pena!], fomos felizes na companhia um do outro a ponto de nos tratarmos com carinho até hoje.

Não tenha vergonha do que você ama, nem peça desculpas por ser você mesmo. Não anuncie aos quatro ventos, mas não ria por fraqueza nem negue mostrar-se a quem abre lhe abre o coração: deixar-se conhecer é um presente que você dá a quem merece. Como o mundo vai saber o que te faz feliz se você esconde ou ri daquilo que ama? Be true to yourself!