#minhasautorias
Dessa vez
Eu caí, quebrei-me toda no chão
o corpo todo doía
eu tentava me levantar
erguia o braço, ou a perna,
mas vinha-me uma dor escondida
e a alma toda cedia
pensava nas ideias positivas
de uma rápida superação
mas quando vi, que isso não me acontecia
deitei no chão, abracei o coração…
e dessa vez… somente dessa vez…
chorei.
“Por”
Coloquei
a mão no fogo
por você
movi montanhas
por você
enquanto tu
colocaste-me na lista de espera
por ti mesmo, ou por outro alguém?
aí já não sei,
mas com certeza, não foi por mim.
Achava
que éramos próximos
até que vi o quão perto
você chegava de outros
e senti o quão insignificante
parecia a nossa distância.
Novas Regras
e que tal escrevermos de amor
sem ter que mencionar a dor?
Neve
É gelada.
Muito gelada.
Tão gelada que as vezes machuca.
Mas lembre,
Ela derrete,
E também se desfaz,
Em uma poça…
De água,
De líquido,
De lágrimas congeladas pelo tempo.
Estou na moda
Compro roupas, mesmo que não queira
Realizo-me no trabalho, e em seguida esgoto-me pela canseira
Crio uma imagem de felicidade
Em nome da socialização
Mesmo que a verdade
Implore por uma revelação
Não sou triste, mas não me considero feliz
Porém continuo fashion, ainda que por um triz.
Estou confusa
E quero me expressar
Pois mesmo depois dos tombos dessa vida, ainda tenho fogo, e quero me levantar…
Estou eufórica
E quero me libertar
Qual o mal nisso? Estive triste por tanto tempo, não há nada de errado em querer se animar…
Quero dançar
Mergulhar
E não ligo para quem olhar…
Vou balançar tudo
A cabeça, o corpo, e o coração
E deixar queimar, queimar, queimar…
Violeta
Única cor
que me marcou
ao tentar passar a vida
com aquele que um dia
deixei de amar.
dança sozinha no salão…
não se ouvem os passos…
pois são silenciosos…
e estão perdidos…
e são arrítmicos…
e dançam em vão.
muitos preferem recitar
e alto o proclamar.
eu, particularmente,
gosto mais de no silêncio,
uma mão se dar,
ou simplesmente pelos olhos,
o amor declarar.
Nos conhecemos, começamos, nos beijamos, vivenciamos, brigamos, rimos, choramos, dormimos, lutamos, nos ferimos, nós ajudamos, nos criticamos e xingamos, por fim, terminamos.
Essa foi todo nossa história de amor, que infelizmente não foi um conto de fadas onde vivíamos “felizes para sempre”. Mas, como num livro de romance dramático em que um casal termina, o livro também. Pois é, o livro chegou à última página e tudo o que tínhamos pra contar, acabou. É verdade, chegou ao fim e ainda hoje eu te amo. Pra ser sincero não acho que isso vá mudar, e mesmo que mude, não vivemos nenhum conto e nem ao menos um livro. Vivemos a vida real e não acaba até que um de nós morra. A história não muda e o que tivemos não deixa de existir.
Talvez, no futuro mais maduros, venhamos a nos conhecer de novo indo comprar sorvete sem lembrar do passado e sem saber que já tivemos algo. Você advogada com um filho de 5 anos, e eu trabalhando em meu escritório com contabilidade, feliz por que a empresa que criei finalmente está saindo do papel, sendo escritor nas poucas horas vagas e morando com um gatinho.
De Tudo Por Ela