#razão

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“Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual.

Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural, nada deve parecer impossível de mudar.”

“A injustiça avança hoje a passo firme. Os tiranos fazem planos para dez mil anos. O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são.

Nenhuma voz além da dos que mandam e em todos os mercados proclama a exploração; isto é apenas o começo.

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos. Quem ainda está vivo não diga: nunca.

O que é seguro não é seguro, as coisas não continuarão a ser como são, depois de falarem os dominantes falarão os dominados.

Quem pois ousa dizer: nunca. De quem depende que a opressão prossiga? De nós, de quem depende que ela acabe? Também de nós.

O que é esmagado que se levante! O que está perdido, lute! O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha.

E nunca será: ainda hoje porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã!”

[…] Quando os homens que se julgam mais sábios do que todos os demais, reclamam e invocam a verdadeira razão, como juízes, pretendem que se determinem as coisas, não pela razão de outros homens, mas pela sua. […] Esses homens não fazem outra coisa senão tomar como razão verdadeira as paixões que os dominam, revelando sua carência de verdadeira razão pela ostentação que dela fazem.“ 

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