#baiser

O corpo forte daquele homem desconhecido prensava a nudez de minha esposa contra a parede do nosso quarto: ele a beijava, explorava sua pele com as mãos… Dentro de poucos minutos, ele irá derramar seu esperma quente dentro da mulher que eu amo e eu mal posso esperar para tê-la em meus braços.

Foi o tempo de eu atravessar a pista lotada para buscar no bar um mojito para minha esposa para, na volta, encontrá-la aos beijos com um desconhecido. Ao notar a minha presença a poucos passos dali, ela me olha limpando com a língua o excesso de saliva dos lábios e sorri. Larga o rapaz e vem caminhando em minha direção: “Me pegou, amor!” Toma a taça das minhas mãos e antes de dar um gole, pergunta: “Ah, ‘cê não ficou bravo, né? Só um beijinho…” Claro que não fiquei, mas a cara de marido ofendido faz parte do jogo e ela sabe disso: antes mesmo de terminar o mojito ela me cobrirá de beijos repetindo “Perdoa sua putinha, perdoa?”

No dia seguinte ao Natal, enquanro as crianças brincavam com seus presentes, minha esposa foi de Mamãe Noel, apenas de lingerie, agradecer o nosso vizinho da frente por ter se vestido de Papai Noel para trazer os presentes dos nossos filhos.

Meu beijo preferido.

Alguma vez você já viu a sua amada beijar assim outro homem? Pois desejo que um dia você veja, nem que seja sem querer: é uma deliciosa maneira de se apaixonar mais uma vez pela mesma mulher….

Se você aguenta ver a sua amada contra a parede beijando outro homem, você certamente aguenta vê-la tirar a roupa junto com ele.

No casamento dos meus sonhos, o padre diria: “Pode beijar o amante” e, segurando minhas mãos, beijaria na frente de todas as pessoas que nos amam o homem com quem transaria antes de mim na nossa noite de núpcias. Todos saberiam e inclusive o felicitariam pela a honra de ser o primeiro de muitos homens que frequentarão a cama dessa mulher com quem passarei os anos mais felizes de minha vida.

Era para ser só mais um beijo - dos tantos que ela dá nos meus amigos - , mas ele teve o atrevimento de puxá-la pela cintura colando o seu corpo ao dela. Ela ainda me lançou um último olhar antes de ceder a tentação de oferecer o pescoço àquele homem que ousava quebrar as regras na frente do homem dela - apenas beijos e carícias eram permitidas, mas ela era delicosa demais para não ser agarrada. Beijou-lhe o pescoço com avidez e, num piscar de olhos, tinha o rosto entre os seios nus dela: com os dedos mergulhados nos cabelos dele, ela puxava-o para o seu colo de olhos fechados para tornar menos embaraçosa aquela infidelidade não programada. Quando ela abriu os primeiros botos do vestido para que ele alcançasse-lhe a barriga, percebi que estava perdido: minha amada seria de outro homem - e bem diante dos meus olhos. A jornada daquela língua estrangeira à geografia daquele corpo adorado e conhecido terminou entre suas coxas e de lá só saiu para ser substituída pelo enorme pau duro que deslizou harmoniosamente para dentro dela, como se todos os paus que já houvessem entrado em minha amada fossem apenas um ensaio para esse grande, belo e roubusto pau que agora a preenche. Abraçaram-se como se quisessem fundir-se um no outro: braços e pernas puxavam aquele homem para dentro dela e a respiração curta pontuada de gemidos baixinhos acompanhava o ritmo das estocadas dentro dela. Não ousava abrir os olhos: não aguentaria olhar nos olhos do homem que ama enquanto goza no pau de outro. Mas ela gozou. E gozou lindamente, como eu nunca havia visto: expirava com força enquanto a bunda forte dele contraía-se num último esforço de empurar seu esperma mais fundo dentro dela. Seus esforços não foram em vão: preencheu a mulher que eu amo com o seu esperma quente e ela sorriu quando isso aconteceu. Aproximei-me daqueles corpos nus, suados e colados um ao outro: o queixo dela se apoiava sobre o ombro dele e as pernas, enlaçadas, não queriam deixar aquele homem sair de dentro dela. Ao sentir meu hálito perto de seu rosto, ela abriu os olhos e sussurrou: “Desculpa, amor…” e ao dizer isso, sorriu com uma ternura que implorava meu carinho - nunca esteve tão bela! Beijei-a de leve: “Casa comigo?”

Que eu ame ver a minha amada transando com outros homens não implica que eu a amarei menos [nem mais] que qualquer outro homem já amou a sua amada em todos os tempos. Também não implica que eu vá transar com outras mulheres também: ser fiel faz parte da minha fantasia e a única reciprocidade implicada na relação é a de sentimento. Vê-la transar com todos os homens que tiver vontade não nos fará melhores nem priores que nenhum outro casal na história da humanidade: seremos apenas um homem e uma mulher, sem máscaras um para o outro e o mistério universal do amor.