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Widefield Cassiopeia in a cloudy moonlit summernight at 20 C

Cassiopeia (listen) is a constellation in the northern sky named after the vain queen Cassiopeia, mother of Andromeda, in Greek mythology, who boasted about her unrivaled beauty. Cassiopeia was one of the 48 constellations listed by the 2nd-century Greek astronomer Ptolemy, and it remains one of the 88 modern constellations today. It is easily recognizable due to its distinctive ‘W’ shape, formed by five bright stars.

Credit: Johannes Schedler

“Todas as flores murcham, mesmo as que estão ainda no pé, se desfazem no inverno ou são podadas. Decapitadas.

Escolhi me decapitar num inverno onde minha alma estava gélida, o nada me possuiu tornando o céu cinzento. Horas e dias se passaram, então senti algo crescendo, a primavera havia chegado, e meu eu decapitado tornara-se adubo para uma nova flor.

A questão não é derrotar seus demônios, e sim crescer deles, a dor, o ódio, a monotonia, as trevas, tudo isso te fará aprender algo sobre si. O inverno parece insuportável e sem fim, mas é bom ver a primavera trazer flores novas em seu jardim.

Não vejo a hora em que minhas flores morrerão, apenas para que a vida em mim mude de cores e cheiros, apenas para apreciar a sensação do fim do inverno e o surgimento de uma nova estação.”

- Constelação.

“Sinto sua falta, garoto nicotina. Por mais que tenhamos sido tóxicos um com o outro, você me trouxe alegria quando eu mais precisava e eu te trouxe afeto quando você queria amor… Por mais que eu te xingue, reclame para todos e digo aos quatro ventos que te odeio. Sei que havia uma certa química inexplicável entre nós, talvez seja meu vício pela sua nicotina e seu vício por mim, ou apenas a amizade que tínhamos. Eu ferrei com tudo e você se afundou, no abismo que criei, alucinado em sua êxtase… Eu te amei, mas não da forma que você queria.

Bom, não podemos mudar o passado ou seguirmos juntos para o futuro. Te guardo em meu coração, apesar de acreditar que isso não importa mais para você, seria melhor se não importasse para mim também…”

- Constelação

Santa

Santa tu és.

Acode teus filhos e os coloca para dormir.

Uma mãe graciosa, voz doce, afago gentil.

Arranca o sorriso dos desesperados,

Faz o amor surgir de forma sutil,

Abraça todos os alienados.

Santa tu és.

É sim, de uma forma tão perfeita,

Quem me dera fosse sua filha eleita.

Acalentada no seu leito,

Descansando em teu peito,

Pedindo o ar, sem encontrar,

Em um sonho impossível de escapar.

Santa! Santa! Santa!

Teus filhos robóticos,

Andam nas ruas como lunáticos,

Os atentos se irritam,

Os comuns os imitam.

Muitos se tornam seus subordinados,

Idolatrando algo tão dissimulado.

Dissimulado?

Sim, você sabe que não é santa,

Mas muitos fingem que és.

Santa tu és!

Ajoelhem-se perante à ela,

Orem pela a deusa mais bela.

A mulher perfeita para os desajustados,

O amor dos maltratados.

A salvação de quem sente dor,

A cura da doença chamada rancor.

Santa tu és.

Não é.

É.

Não é.

É.

A ignorância é a santa bendita,

Daqueles que têm uma vida maldita,

Dos que se cansaram da dor,

Os que desistiram do amor,

Os que não encaram a verdade.

A ignorância afaga-te e põe para dormir,

Um sono profundo e sem maldade,

Onde não se pode sair,

E essas pessoas ficam assim

Sempre e sempre

Presos na santidade da ignorância…

Santa tu és.

Santa tu és!

É.

Não é.

É.

Não é.

É sim!

- Constelação

“Você fuma.

Sabe que vai te matar, então fuma.

Desejando, secretamente, a última tragada.

E vão cigarros, maços, dias e noites.

E continua vivendo.

Você fuma, desejando a última tragada.

A mais forte, que ninguém gosta, a mais amarga e tóxica.

Você fuma, desejando a última tragada, aquela que nunca chega.

Então continua vagando por aí no seu casco vazio, implorando pela última tragada.

E ela nunca chega…”

-Constelação

The Loving Couple - Van Gogh


“O amor é uma arte, expresse-o!”

- Constelação

“Já ficou parado na chuva? É tão mágico!

Sinto pequenos fragmentos de mim escorrendo com a água.

Só ela é capaz de me deixar verdadeiramente limpa e liberta”

- Constelação

“Encarei meu reflexo no espelho, ele me olhou de volta. Ficamos nessa brincadeira de se ver por um tempo:

- Quem és tu? – ousei perguntar.

Nada me respondeu, continuou me olhando profundamente como se quisesse saltar do espelho e me atacar:

- Quem és tu? – repeti novamente evidenciando minha ânsia por resposta.

O silêncio prevaleceu novamente, ainda estávamos frente a frente, com seus olhos felinos nos meus, como se lesse o íntimo do meu ser, suspirei derrotada e abaixei a cabeça. Em minha defesa, estava num delírio interno e realmente queria uma resposta. Insistente, tornei minha cabeça para encarar-lhe, seus olhos voltaram-se a mim, dessa vez mais profundos, com um ar de graça:

- Quem és tu? – disse jurando para mim que era a última vez que perguntaria isso.

Nesse momento, juro que ouvi uma resposta, uma voz não vociferada, mas dita, com um tom zombeteiro:

- Eu sou você.

Neguei com a cabeça e ri em escárnio. Que reflexo mais ousado! Nem eu sou eu…”

- Constelação 

“Doeu muito sim, mas agora sorrio entre as lágrimas e sou capaz de lembrar de quando você me fazia sorrir, sinto algo leve nesses momentos, como se fosse uma memória de minha infância, espero que se lembre assim de mim. Você foi meu primeiro amor e sempre vou ter carinho por você, como o amor entre duas crianças inocentes.”

- Constelação

“Sou daquele tipo de pessoa que gosta de apreciar o monótono, não preciso do sol no céu para me aquecer e iluminar, o simples cinza de um dia chuvoso me é suficiente. Talvez, no livro da minha vida, não precise colocar nenhuma exclamação, pontos finais bastam.”

- Constelação

“Imunda, minha alma está cheirando podridão e encardida. Sinto como se nenhum banho fosse o suficiente para me limpar. Como se livrar? Como se livrar da sujeira de meu coração?”

- Constelação

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