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Sempre fui  favorável ao poliamor, mas de uns tempos pra cá o apego tomou conta de mim. Posso parecer uma louca desvairada e anacrônica, mas no momento só uma pessoa me faz feliz dentro de uma relação de dependência.
Eu tenho ciúmes sim, medo de perder e vontade de ficar perto do fulaninho a todo o momento e me julguei muito por essa necessidade absurda e metódica de ter e ser completada por um só alguém sendo que existem 7 bilhões de pessoas no mundo.
Apesar das minhas pequenas crises meu amor e desejo não faz com que todas as mulheres do mundo tornem-se minhas inimigas, meu choro de ciúme é pelo medo de perder e não culpa das outras mulheres.
Minha intensidade sempre foi sufocante, e se eu to só com uma pessoa ela terá de mim tudo, mas isso não fará com que eu abra mão de quem eu sou, nem das minhas lutas e ideias, o meu amor anda de mãos dadas com a calmaria de saber que tenho do meu lado um alguém recíproco, que me ama com a minha intensidade e paranoias sem abusar do meu eu.
Eu não quero perder esse alguém, mas também não quero me perder em devaneios de posse e muito menos em histerias sem sentidos. Eu mereço e quero um alguém que me de as mãos nos momentos de desespero, e os beijos mais alucinados nos momentos que o tesão toma conta do meu pequeno ser.

Não desista de mim, mas não espere que um dia eu mude, eu quero você com todos os defeitos e artimanhas que te pertencem, e quero que me queira inteira, maluca, neurótica, e acima de sua, minha , toda e eternamente minha.

Eu nunca tive problemas em me comunicar com você, inclusive em alguns momentos eu sentia no fundo da minha alma que você me entendia como ninguém, ou pelo menos era assim que eu me forçava a pensar.

O fato, é que minha alma é antiga para o amor e eu não consigo transcender ao desapego. Me machuca te querer e me machuca mais ainda te querer do jeito que talvez não seja o certo.

Eu luto diariamente por você, vivo em uma guerra fria em me aceitar com meu jeito errôneo de amar te deixando ir, ou lutar mais um pouco e fingir que o fato de você ser desapegado não me abala tanto. Eu sempre fico com a segunda opção.

A verdade, é que eu não sei desistir de você. Eu não sei não pensar em você, não sei ficar um minuto do meu dia sem rebobinar as nossas transas, conversas, olhares. É mais forte do que eu, a sua pele me puxa, seu jeito me confunde e eu tento acreditar naquilo que não me machuca na esperança de um dia se tornar real.

Eu não te quero só para mais uma daquelas transas loucas, transcendentais. Eu quero ouvir suas verdades, seus sonhos, inteiro, entregue. Uma vida inteira como aquelas conversas aleatórias que a gente tem jogados na cama, enlaçados, se olhando.

Você sempre achou que a felicidade estivesse nessa liberdade libertina que você alimentou para satisfazer o ego que você luta para não ter.

Você vai me perder, eu não sei quando serei forte o suficiente para ter coragem de encarar tua ausência, mas nesse momento talvez, você compreenda que os outros casos não te dão o que eu te dava.

Mas a sua saída vai ser fingir que a sua felicidade é real com seus vários depósitos de gozo e o eterno vazio existencial que você carinhosamente batizou de evolução para se enganar.

Eu te amo, mas a ansiedade, a degradação de auto estima e a percepção de que você não é pronto para esse amor joga na minha cara diariamente que talvez você não me mereça.

Eu achei que conseguiria largar o cigarro, mas já to querendo um, talvez a minha sina seja sempre ceder as fraquezas que me puxam para esse naufrágio pessoal.

Boa sorte, para mim.

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