#doceesther

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Há uma parada na estacão do próximo tempo

Há pétalas solúveis jogadas na forma de saudade por aquela janela

São destinadas a um cavalheiro mal vestido com sotaque erudito

O dito homem esta fincado como um poste inerte a espera daquela pétala

A saudade é pronunciada por mãos leves de uma luva de seda

O cavalheiro aguarda na ansiedade que deste a si mesmo

Amparado pelo desejo impaciente, porém controlado em revê-la

(Sim, eles já tinham uma história inacabada)

O céu esta escuro, o sol não se manifestou, mesmo que o relógio badale em horas diurnas  

O tempo esta frio

Garoa um pouco

O tempo da locomotiva se aproxima

O cheiro das pétalas desgarradas se avizinha

Há uma parada na estação

Mas ela ainda não se fincou nos trilhos rebeldes do tempo inquieto

O coração do cavalheiro chora comedido

A visão de um amor se achegando confirma-se por um sorriso

Contemplando uma pequena janela do vagão 26

Ele a aguarda

Ele espera, (há muita espera)

Ele a segue em pensamentos que não cabem no mundo

Ele cumprimenta com silêncios de timidez

As palavras, todas selvagens, não o obedecem

Mas o sorriso

Um sorriso viril e genuíno fala pelo cavalheiro a espera do vagão 26

O beijo aconteceu

E o porvir pós toques de lábios subjugou aquele homem viril frente aquela dama com luvas de seda

Era amor verdadeiro, confirmou-se

Ela, nem tão comedida como esse suposto cavalheiro

Planta algumas palavras jogadas no calor do momento

A semente brota e já não é um dia tão escuro assim  

É sábado…

E se não o fosse, eu ainda estaria te amando no instante que leres estas palavras.

- Ronaldo Antunes

Por dentre tuas águas

Vi corais multicolores

Vi criaturas machucadas e as suas dores

Vi o que insistia em esconder

A imensidão que te compõe

É o mais bonito do teu ser


(sobre o infinito que é você)



_Julia Carolina

Em meio a multidão

Um grito se fez ouvir

Saía de um coração

Que jamais quis partir

E disse: “preste atenção,

a coisa mais bela do mundo

é se permitir sentir”

(e eu me permiti te sentir)

_Julia Carolina (ig: @falhapoetica)

Quando fui fogo

Você foi água

Quando fui louco

Você me relembrou a mágoa

Quando me reestabeleci

Com você eu aprendi

Que o sentimento

Só se faz real

Quando o tormento

Se faz pequeno e banal


(aí então podemos viver)



_Julia Carolina (ig: @falhapoetica)

Decorei você

Senti o quanto seu coração é doce

Vi todas as estrelas que teu olhar me trouxe

E a cada novo sorriso

É como se fosse

O universo me dizendo onde se encontra o paraíso

_Julia Carolina

(ig: @falhapoetica)

Um dia eu cheguei a acreditar que minha intensidade era uma maldição. Até encontrar outro coração tão intenso quanto o meu e ver que a intensidade era um presente

- do universo

- pra nós dois.


_Julia Carolina (@falhapoetica)

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