#sonhandoseusonho

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Quem tropeça sem cair, dá um passo maior.

— A.-D. Sertillanges.

Em meio a multidão

Um grito se fez ouvir

Saía de um coração

Que jamais quis partir

E disse: “preste atenção,

a coisa mais bela do mundo

é se permitir sentir”

(e eu me permiti te sentir)

_Julia Carolina (ig: @falhapoetica)

Kintsukuroi

Foi teu amor adentrando meu ser

Foi teu sorriso brincando com as borboletas em meu estômago

Foi teu olhar brilhante ao encontrar o meu

(Tu foi minha cura)

_Julia Carolina

E mesmo num mundo líquido e raso

O que a gente sente

Será permanente

E com toda a profundidade

Que só o oceano pode ter

_Julia Carolina

Eu entraria

no seu caos

Sem medo de me perder

Se você prometer

Ser meu cais

Quando a vida escurecer

-Julia Carolina

O que é felicidade ?


Felicidade é

ouvir sua voz de sono ao acordar

e em volta do seus braços sentir ( o amor ) dentro dos seus braços


Felicidade é

mesmo distante, confiar.

e cumprir a promessa de um dia se encontrar.

porque ao seu lado meu mundo é cheio de luz.


Felicidade é

No dia de inverno

(escuta meu coração e senta-se ao meu lado)

a vista é mais melhor com você no meu quarto

eu já não tenho mais forças

pra dizer, escrever, contar sobre você.

sobre o que já fomos um dia.

o peso do que somos agora,

me esmaga, me sufoca.

a poesia perdeu o espaço,

a melodia, e a cor.

desculpa.

em verdade digo que somos ensinados a nos anular pelo outros, sofremos desse aculturamento desde os primeiros passos pela casa.

quantos “engole esse choro!” ouvimos?

quantas vezes somos obrigados a estar entre quem não nos sentimos a vontade?

a própria anulação vem de berço.

é tão difícil de lidar com a decepção de termos sido tão entregues, tão sinceros e naturais com aquela pessoa nos acelerou o peito um dia.

e ainda ficar com a vergonha de termos aberto o mais íntimo do nosso âmago para alguém que sequer olhou para nós, nem mesmo por um segundo.

perdi as contas de quantas vezes já me decepcionei e me decepciono contigo mãe, sei lá deve ser recíproco.

não se permita ser ou se transformar na última opção de ninguém.

você é muito mais que um contato esquecido, do que uma reserva conveniente!

olá, sou eu. de novo.

faz tanto tempo desde a última vez, não é? eu até me esqueci de você… por um tempinho.

fiz coisas normais que pessoas livres fazem. conheci pessoas novas. criei novos sonhos. eu até sorri algumas vezes. foram tempos de calmaria, sabe?

mas, claro, nada dura. minha paz não durou. você retornou, como eu sabia que aconteceria. só que dessa vez eu me deixei levar pelo momento, sabe? eu me deixei mesmo acreditar que havia te superado. uau, eu estava tão confiante.

mas aí você apareceu ontem à noite. nos meus sonhos. há tanto tempo você não me fazia uma visita dessas. sua ausência já nem era mais sentida.

mas bastou você reaparecer, como se soubesse que estava caindo no esquecimento. como se quisesse se certificar de que não me deixaria vencer assim tão fácil.

você voltou. e é como se nunca tivesse ido. você apareceu e no momento em que te vi de novo eu senti algo dentro de mim como nunca havia sentido antes. como… tortura?

eu perdi a fé, você se certificou disso também. quando voltou a me atormentar, você se certificou de me trazer de volta o sofrimento.

a dor da perda é sufocante, sabia? você mal consegue respirar.

e não importa quantas pessoas te digam que passa com o tempo. é ilusão. você foi embora há anos, afinal, mas o vazio que você deixou continua aqui. não muda. não desaparece. pode até parecer que tudo se acalmou, como pareceu por um tempinho, mas basta uma lembrança. uma única fagulha de memória. e tudo se incendeia novamente.

e queima. e arde.

tortura. isso foi o que você deixou.

e mesmo depois de tanto tempo, depois de tantas pessoas, de tantos momentos sem você. você continua aqui. tão presente como se tivesse ido hoje. tão devastador como se meu coração tivesse sido destroçado há poucos minutos.

eu sofro de uma eterna abstinência de você. eu não consigo parar. eu não consigo esquecer.

eu não sei mais o que fazer para você finalmente ir.

v.m.

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