#poetizando
Meu bem
Você sabe
Ter insegurança
Não te dar o direito
De me fazer sentir mal
Apenas por ser quem sou
Com todos os meus defeitos e falhas
Eu ainda sou alguém
E não preciso carregar mais um peso comigo.
Me rasgo feito papel
Diante de você
Tão frágil
Tão sensível
Minha boca cala
E o meu corpo consente
E eu sei…
Serão precisos apenas alguns segundos
Para os nossos corpos em colisão,
Explodirem na mesma frequência.
Me sentia parte de alguma coisa
Grande
Ao seu lado
Agora me sinto pequena
Sinto medo
De tudo
Penso em te ter de todas as formas
O seu corpo para mim é o paraíso
E as suas curvas, são a minha perdição
Nem a obra mais perfeita
Se compara a sua beleza
Infinda
Translúcida
Tuas palavras doces
Como o néctar
Me embriago com o teu cheiro
Forte
O vazio que existe em mim é como um buraco negro
Sinto que abri mão de mim mesma
E já nem me reconheço mais
Quando olho no espelho
Tudo que vejo é nada…
E nada tem sido a definição
Para quem eu sou agora
Marle
De todas as verdades cruéis
Que eu queria ter ouvido da sua boca
Todas…
Absolutamente todas
Teriam menos impacto do que a mentira contada
A mentira sem propósito
A mentira cujo único objetivo era machucar alguém que você já nem tinha intenção de amar
Mentira essa que tirou-me o direito de partir
De sair ilesa
E de não ter recordações de você me tratando da forma mais fria e cruel
Não existe saudade no cosmos
Mas aqui dentro
Em labirintos mentais
Encontro versões
Em lamentos
Que choram pela sua partida
Não existe saudade no cosmos
Mas aqui dentro
Encontro em labirintos mentais
Vestígios de um amor
Outrora esquecido
Não existe saudade no cosmos
Como acreditar se meu universo é repleto de sentimentalismo
Me apego ao passado
Revivo momentos em que era feliz
E não soube reconhecer
Não existe saudade no cosmos
Essa sim, é uma verdade
Que não estou pronta para reconhecer
Não existe saudade no cosmos
O meu voo incerto
Decerto é
Proposital
Pra esbarrar contigo
Ocupar o mesmo espaço
Dividir abrigo
Fazer do peito minha morada
E permanecer
Até um de nós dois decidir que é hora de se perder
Voltamos para casa se questionando se o amor é isso
Se encontrar
Se perder
E voltar para o único lugar
Que é possível se refazer
Éramos como dois lados da mesma moeda
Ela sofria por um amor que nunca existiu
Eu sofria por saber a verdade
Nua
Crua
Exposta
Sou um planeta fora de órbita
As estrelas sabem
Os cometas sabem
Estou prestes a colidir
É tudo uma questão de tempo
Gostaria de saber quem te fez acreditar
Que amar é suportar tudo
Você quase nunca chora
Mas chorou diversas vezes
Sentiu o ar ficar escasso
A dor no peito
Precisou se afastar
Lá no fundo
Você reconhecia quem era o culpado
Ela colocou uma venda nos olhos, e caminhou na direção daquilo que iria destruí-la
Me pergunto que amor é esse que você sente
Tão profundo
Tão nocivo
Tão absurdo
A escolha era clara
Ele ou você
Você escolheu ele
E eu sinto medo por isso
Sinto medo de você não conseguir se reencontrar no futuro
Que esteja tão fragmentada por conta disso
Que no fim
Decida ir de vez
Nem todos os amores merecem uma chance
3 segundos
O amor é como um abismo
E eu nunca sei se estou preparado
Uma contagem regressiva de 3 segundos
E então o mundo se desfaz
Quanto tempo demora até que meu corpo chegue ao chão?
Sem vida
E frio
Drenado
E sem amor
O que acontece nos segundos que antecedem a queda?
Declarações? Vozes e risos ecoando no abismo
Abraços e toques vazios
Palavras que enganam
Correntes que sufocam
Silêncios que gritam
Planetas prestes a colidir
Explosões e fragmentos que perfuram tua pele
Minha pele
Que nos unem
E que separam
O amor nada mais é
Que uma explosão
Uma colisão
Um pequeno momento que pode durar 1 segundo ou 2
Um breve registro fora de foco
Um corpo caindo
Alguém respirando
Um beijo que começa e termina
Na curva mais bonita do teu corpo
O amor
São teus sinais
Que faço questão de contornar
Com a ponta dos dedos
E imaginar constelações inexistentes
É também o breve momento
Em que me vejo em teus olhos
E tu refletida nos meus
Faz questão de sorri
E eu posso morrer em paz
Ao contemplar teu universo particular
O amor
É quando eu sei
Que ela deseja a minha morte
De diversas maneiras
E de todas elas
Eu sempre me imagino
Em suas mãos
Não submisso
Mas entregue
Ao desconhecido
Que eu quis explorar
Rendido
As constelações
Aos planetas
Ao castanho
De seus olhos
E sendo amor
E tudo acaba
Em 3 segundos
Sobre os olhos dele
Penso que reconhecia os teus olhos
Mesmo diante de uma imensidão de outros
Em outra realidade eu mandaria para você, mas nessa em que vivemos já fomos clichês demais
Oh Coruja
Os seus olhos brilham na noite
Enquanto eu te sigo
Percebo que não existe mais volta
Amar você
É criar arte, versos
Todos os artistas seguem tendo suas musas
Você foi a minha
E te dedico tudo
Até o meu amor
Mesmo sabendo que quem amei
Foi apenas uma das suas melhores invenções
Somos a prova viva
Que é possível amar a mesma pessoa
De todas as formas
No nosso caso
Somente duas
Tivemos o nosso fim
Temos duas versões da mesma história
Na primeira custou-me muito deixar-te ir
Eu repetia em silêncio
Como numa prece a um deus inalcançável
A seguinte poesia:
Oh coruja
Se um dia tu se sentir abandonado por todos, e não amado por ninguém
Lembre-se daquela pessoa
Daquela pessoa que te olhava de longe… Te admirava… Te queria por perto…
Mas que não se aproximava
Não se aproximava porque já era belo o suficiente, te observar de longe, e te querer por perto.
Achava mais bonito em ti a liberdade
E não te queria ver preso em uma gaiola, então te deixava livre, e te amava mesmo assim, te amava e te deixava livre…
Livre para seguir teu voo, e voltar, sempre para o mesmo lugar se desejasse, para que ela continuasse te observando, e te querendo… De longe.
Já na segunda vez
Cada um seguiu o seu caminho
Aos poucos
Os nossos desencontros
Se tornaram frequentes
O nosso desconforto se tornou evidente
E o espaço entre nós
Se fez presente
Eu amava o seu canto
Até chegar o dia em que ele se tornou insuportável
As minhas falhas e imperfeições se tornaram evidentes
E você precisou dizer em voz alta
Todas elas
E até mesmo agora eu consigo ouvi-las ecoando
Baixinho
Eu sei que o amor existiu
Porque eu consegui senti-lo
Por isso foi mais fácil odiar a mim mesma
Até conseguir direcionar o ódio para você
E aquela frase nunca fez tanto sentido
Você me odeia?
Se antes ela significava amor
Em algum momento deixou de ser
Pela última vez te dedico uma poesia
Com todo amor/ódio por você
Somos assim
Imperfeitos
Entre nós
Não existiu meio termo
Era sempre tudo ou nada
Quem saiba agora
Sejamos um pouco dos dois
O equilíbrio deveria existir
Até para aqueles com dificuldade em amar como nós
O amor não machuca, mas o seu me destruiu
Seus olhos
Seus olhos
Seus olhos
Sua visão
Sua visão
Sua visão
Você expôs minha carne a superfície
Você olhou atentamente e buscou por todos os meus defeitos
Sobre o fim
Até as estrelas sabem que não era pra ser