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Memorial do Convento - Jose SaramagoBeira Alta abaixo. Entre curvas e contracurvas uma expedição de Memorial do Convento - Jose SaramagoBeira Alta abaixo. Entre curvas e contracurvas uma expedição de Memorial do Convento - Jose SaramagoBeira Alta abaixo. Entre curvas e contracurvas uma expedição de

Memorial do Convento - Jose Saramago

Beira Alta abaixo. Entre curvas e contracurvas uma expedição de solavancos e estradas estreitas nas quais eu enjoava invariavelmente. Se se aproximavam as curvas da Tapada conseguíamos quase avistar os torreões do convento, assim se chamava à época, sem Monumento ou Palácio, nomes pomposos não lhe assentavam. A aproximação dos torreões era recebida com júbilo. A minha avó materna soltava um “minha casa, minha brasa”. Mais uma volta, descer a avenida e assim se estaria em casa. O convento era casa e Mafra era casa. O convento era para mim apenas ‘o convento’. Enorme, desarmonioso, exagerado e superlativo. Acrescia o tom escuro e cinzento pintado pela opacidade de anos passados, séculos talvez, um clima capaz de chamar D. Sebastião, tenho a certeza de que quando aparecer será aqui, e vento. Um sítio oco, onde se dizia terem habitado reis e frades, havia a cozinha e a enfermaria, é certo, mas uma casa sem gente é um coração devoluto sem arritmias nem sobressaltos, um eterno sono de monotonia e sem coração o que somos?

Uma outra ocasião veio um amigo de outras paragens também e também ele se perdia de amores pelo convento. Imponente e monumental no seu dizer, o tal casarão oco de sentires, com salas ornamentadas com chifres, um corredor enorme de norte a sul ou de sul a norte, diz-se que ali se situavam os aposentos reais e tão grande distância só se explica como inibidor do desejo exigido na solenidade das cópulas reais.

Ocasionalmente o convento brotava música. Nessas alturas eu gostava do convento. Era o Gato, dizia-se, era o Francisco Gato que estava a ensaiar fora de tempos, a seu tempo, e que lá iria aos domingos, se a memória não me falha, fazer vibrar os carrilhões, dois adquiridos, a irrisória quantia de 400.000$00 réis a unidade não fez hesitar El-Rei D. João V na sua soberba. Um dia o convento deixou de jorrar música sobre a vila, e terá sido pouco antes do eterno silêncio que começou a brotar palavras.

Nas palavras nada havia do que eu conhecia do monstruoso edifício que encimava uma vila no seu estertor pelas sete da tarde quando se recolhiam as gentes da ira de um clima caprichoso. Nessas palavras eu descobri um mundo novo. Havia gente e a gente é o que dá vida às coisas, porque sem gente as coisas são apenas coisas e é por tudo isto que o Memorial do Convento é o livro da minha vida. Porque dentro dele há a gente e a magia que nunca existiram antes na severidade dos tectos altos e corredores longos do convento. Há o amor incondicional de um homem e de uma mulher, Sete-Sóis e Sete-Luas, sem regras que não as dos próprios e a do amor urgente e caminhado dos amantes eternos, há sonhos de voos, de ir mais alto mais longe, de acreditar que, sem a vontade dos homens, a ciência é inútil e o trabalho estéril. Há o hino e a homenagem a quantos pereceram para que a megalomania se erguesse em matéria, paz à tua alma, Francisco Marques, nomes e rostos que imaginamos nas páginas que também vão libertando odores fétidos de uma sociedade corrompida pelas trevas do obscurantismo e da intolerância, o povo de barriga vazia e a opulência obesa do poder.

E nunca mais olhei para o convento da mesma forma. Às vezes vagueio com o olhar no horizonte, “O mar está longe e parece perto, brilha, é uma espada caída do sol que o sol há-de desembainhar devagarinho quando descer do horizonte e enfim se sumir”, outras nos mistérios que encerram as estátuas da Basílica “Disse Blimunda, devem ser infelizes os santos, assim como os fizeram, assim ficam, se isto é santidade, que será a condenação, São apenas estátuas. Do que eu gostava era vê-las descer daquelas pedras e ser gente como nós, não se pode falar com estátuas, Sabemos nós lá se não falarão quando estão sozinhos”, e dias há em que ainda espero ver Bartolomeu Lourenço, Baltasar Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas sobrevoando Mafra “É Mafra, além, grita Baltazar, parece o gajeiro a bradar do cesto da gávea, Terra” iluminada hoje pelo talento de um homem simples que um dia decidiu ressuscitar um palácio, José Saramago de seu nome, e pelo encantamento que apenas a arte traz à vida dos mortais. Há quem lhe chame literatura.

Leonor Barros, 14 de Agosto de 2017


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Leonor Barros - Memorial do Convento / José Saramago

Leonor Barros - Memorial do Convento / José Saramago


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“I don’t think we did go blind, I think we are blind, Blind but seeing, Blind people who can s“I don’t think we did go blind, I think we are blind, Blind but seeing, Blind people who can s

“I don’t think we did go blind, I think we are blind, Blind but seeing, Blind people who can see, but do not see.”
― José Saramago, Blindness


Artwork by Javier Martin


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 José Saramago. De su libro “Ensayo sobre la lucidez”.

José Saramago.
De su libro “Ensayo sobre la lucidez”.


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Anne Sexton said, “As for me, I am watercolor. I wash off.” and Emily Dickinson said, “I am out with lanterns, looking for myself.” and Chuck Palahniuk said, “If death meant just leaving the stage long enough to change costume and come back as a new character… Would you slow down? Or speed up?” and Vita Sackville-West said, “Homesick we are, and always, for another And different world.” and Clarice Lispector said, “For one has the right to shout. So, I am shouting.” and Chelsea Hodson said, “I might be better as an idea, you said, and it was hard not to agree- everyone is better as a theory.” and Charles Bukowski said, “We have come so far and gone nowhere. We have lived so long and hardly at all.” and Jose Saramago said, “And here I am, trapped between today and the future and with no hope in either of them.” and Virginia Woolf said, “Do you still believe in life by the way?” and I am thinking about how badly I want to feel like I take up space.

Chaos is order yet undecipheredEnemy (2013)
Chaos is order yet undeciphered

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Bu kadından nefret ediyorum. Hem hırsız hemde populer kültür kavaşesi. Bu 3. veya 4. oldu. Kitapları

Bu kadından nefret ediyorum. Hem hırsız hemde populer kültür kavaşesi. Bu 3. veya 4. oldu. Kitapların konularını hatta kapaklarını dahi çalıyor. Şöyle bir haber buldum bu iğrenç müsvette ile ilgili.

Saramago’nun “Filin Yolculuğu” kitabının çevirmeni Pınar Savaş da Twitter üzerinden yazdığı mesajlar ile Elif Şafak’ın kitabına tepki gösterdi. İşte Çevirmen’in isyanı:
Pınar Savaş: ‘Kitabı Türkçe’ye çevirdiğim için sorma hakkını kendimde görüyorum:
‘Elif Şafak’ın son romanıyla (Ustam ve Ben), Saramago’nun Filin Yolculuğu’nun konu ve kapağının bu kadar benzemesi tesadüf olabilir mi?’

‘Tesadüf değilse, Şafak’ın en azından “esinlendim” demesi gerekmez mi?

‘Bir zamanlar Avrupa’nın bir ucundan ötekine fil götürme modası mı vardı? Her iki filin bakıcısı da Hintli mi? İntihal nedir ne değildir?

‘Saramago bu duruma sinirlenmez miydi? Pilar ne tepki gösterecek? Pilar’ın tepkisini Kırmızı Kedi ve benden başka önemseyen olacak mı?’

DAHA ÖNCE DE OLMUŞTU
“Ustam ve Ben” kitabının konusunun Saramago’nun kitabından alındığı iddiası son dönemde edebiyat dünyasının en çok konuştuğu konulardan biri oldu. Ancak bu Elif Şafak’ın karşılaştığı ilk intihal iddiası değil.
Elif Şafak’ın son dönemde yazdığı tüm kitaplar için benzer iddialar ortaya atılmıştı. Yazarın İskender isimli romanının konusunun İngiliz yazar Zadie Smith’in “İnci Gibi Dişler” isimli kitabından alındığını ileri sürülmüştü. Smith’in kitabının çevirmeni Mefkure Bayatlı, “Elif Şafak, ‘İskender’ romanında Zadie Smith’in kitabını şablon olarak almış. Buna intihal denir” diyerek tepkisini göstermişti.
Şafak’ın Habertürk’teki yazılarını derlediği Şemspare isimli kitabının kapak görselinin de 2007′de İspanya’da yapılan bir enstalasyon çalışmasının tekrarı olduğu ortaya çıkmıştı


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