#bolsonaro

Ano passado,
tive medo desse país virar uma ditadura
verdade seja dita, confesso que eu estive errada.
olhei para o passado com medo de se repetir
olhei para o passado, mas ele estava aqui
os métodos são outros, silêncio é uma forma de tortura
não existe doi-codi, não mais levam os jovens
as verdades foram deslegitimadas
ditadura hoje é institucionalizada,
no vazio das palavras, é respaldada
e a bala perdida se encontra,
a polícia, estrategicamente, sempre se engana.
a terra é plana, o nazismo é de esquerda
lutar é terrorismo, mas dê para esse cidadão uma arma!
posicionamento é doutrina
e lá vai mais uma professora presa
por citar a esquerda numa sala de aula
as milícias tomaram o poder
e a verdade, apenas por ser, foi executada.

Rezo ao tempo, deus soberano que nos lembra que o fim
é o único vislumbre que teremos da eternidade.
Rezo ao ano que passou, mas que jamais morrerá na memória
daqueles cuja pele encascorou pelo atrito.
E as bombas de gás lacrimogêneo.
Sinto a alma amargurada, não por mim,
mas a chaga coletiva que cresce embora
saibamos que o tempo nunca volta atrás.
E disseram que agora voltamos para décadas passadas…
O tempo aparece para revelar uma cruel verdade:
a história é cíclica, mas ele seguirá em frente,
nos arrastando junto com o passar das horas, e dos dias…
Nos afastando cada vez mais do ano que passou
ainda que o som do metal de suas correntes
ecoem pelos ares e então, verdade seja dita:
não é aqui que morre 2018.
Tatuado em nossa pele como uma dor coletiva,
e que vontade de chorar!
Caminharei pelos espaços no assombro de que não estamos seguros.
Abraçarei meus amigos e prometo não paralisar em nome da injustiça.
Rezo ao tempo, deus inconsciente de si mesmo
que apenas nos tira e nos toma.
Onde a morte, ironicamente, simboliza o pequeno precioso presente
que temos.
Mas a morte está mais próxima de uns que de outros,
os rodeando como a brisa gélida
de um inverno inevitável,
soprando em nossos corpos trêmulos os fantasmas do passado.
A morte que visita a quem luta pelo que acredita.
Então o tempo, em mais um truque,
nos crava na memória aqueles cujos nomes
não podemos nos dar o luxo de esquecer:
Marielle morreu pelo que acreditava;
Bolsonaro, pelo ódio, subiu ao poder.
Soberano tempo,
que não se divide pela volta que a Terra faz em torno do Sol,
a vida é a mesma, as dores também,
se a chaga dói mais em alguns,
quero nunca conseguir virar a cara,
ainda que a ignorância me pareça menos dolorosa
e hoje, eu duvide que seja uma benção,
quando a dor de alguns, é uma ferida toda nossa.
2018 que, eu gostaria de deixar numa vala,
sussurrará os nomes daqueles mortos pela polícia,
e de quem foi assassinado na Paulista,
segurando a mão do homem que amava.
Poderoso tempo, aqui estamos a sua mercê,
o passar das horas, e a permanência das opressões
quando a História permanece a mesma
o que você poderia fazer?
Rezo ao tempo que nos dê força
para olhar para o trás e se inspirar
em quem lutou por um tempo melhor,
em quem amou tanto que precisou ter ódio,
em quem resiste por ser quem é.
Onde o tempo nada apaga, mas segue.
e na rua gritaremos seus nomes, nos livros leremos suas histórias
e não arredaremos os pés dos espaços!
2018 agora abraça outros anos
esperando jamais ser esquecido, mas lembrado
sussurra baixo, inaudível ao som da música,
das bombas, e da porra do Hino Nacional
sussurra até entre os discursos dos fascistas
entre Mourões, Dórias e Bolsonaros
o que o tempo nunca nos fará esquecer, sussurra delicado:
porque a luta se faz presente quando na memória há o passado.

vivalatinamerica:

tengo que escribir un ensayo en español sobre el autoritarismo de ja*r b*lsonaro mándenme ayuda

Autoritarismo brasileño

Brasil ante todo y Bolsonaro sobre todo

Para poder hacer un análisis sobre el autoritarismo que ha corrido por las venas de muchas naciones latinoamericanas, sería imposible e incluso irresponsable darle la espalda al país más grande y poblado de América Latina. En la región americana, el autoritarismo ha prevalecido de una manera u otra por mucho tiempo debido a muchas fallas y debilidades sistémicas, pero en los últimos tiempos este autoritarismo ha podido prosperar gracias al presidente brasileño que lo exacerba.

“Brasil ante todo y Dios sobre todo”. Esa campaña llevó a Jair Bolsonaro a una victoria decisiva en la segunda vuelta presidencial del país el domingo 28 de octubre de 2018, en las elecciones más polarizadas de Brasil. Obtuvo el 55 por ciento de los votos, derrotando fácilmente al candidato izquierdista Fernando Haddad. Bolsonaro apeló a los brasileños al prometer “romper el Sistema” después de unos años tumultuosos. La nación sufrió una profunda recesión a partir de 2016 y esa crisis económica estuvo acompañada de una agitación política tras un escándalo de corrupción que dejó ilesos a algunos líderes de alto perfil. En este contexto, el aumento de los delitos violentos ha dejado a algunos votantes anhelando el orden y la seguridad, que Bolsonaro, un exmilitar, prometió cumplir.

Sin embargo, la adopción de Bolsonaro de “la ley y el orden” tiene un trasfondo alarmante, ya que ha expresado una afinidad problemática por la pasada dictadura militar del país. Pero sus opiniones antidemocráticas solo arañan la superficie de su inquietante retórica, ya que el presidente también lanza libremente declaraciones misóginas, racistas y anti-LGBTQ.

En este momento, Jair Bolsonaro lleva tres años como el presidente de Brasil y desde varias maneras ha deteriorado la democracia su administración. Su alcance autoritario se nota en temas como la seguridad pública, los derechos humanos, la libertad de expresión y el medioambiente. Más recientemente el presidente brasileño ha puesto en cuestión la legitimidad del sistema electoral brasileño y ha exaltado teorías de fraude sin ninguna prueba. Además, como exmilitar y ejecutor de fuerzas militares, Bolsonaro ha designado a numerosos militares a puestos gubernamentales. En el país con más homicidios del mundo, el presidente ha facilitado el acceso a más armas mientras incentivando la violencia, y particularmente contra la población negra e indígena, ya que incluso ha autorizado la intervención militar en la Amazonia.

​Para empeorar las cosas, se ha agravado la situación ante la pandemia. Además de su discurso negacionista acerca de la pandemia, Bolsonaro ha apoyado tratamientos contra la COVID-19 sin ninguna calificación científica. Adicionalmente, en un informe presentado por la comisión del Senado, encontraron gravísimas infracciones que sugieren que el mandatario debería ser imputado de crímenes contra la humanidad (y ocho delitos más). Se acusa al presidente de nueve delitos brasileños que son todos tipificados en el Código Penal de Brasil e incluyen: infracción de medidas sanitarias, charlatanería médica, incitación al delito, epidemia con resultados de muerte, falsificación de documentos, uso irregular de dinero público, prevaricato y atentados contra la dignidad del cargo.

​El mandatario ha dicho que “solo Dios” puede destituirlo de su cargo presidencial, notando que, para él, las elecciones solo pueden resultar en tres cosas: “Prisión, muerte o victoria”. En eso ha tenido mucho éxito en la fábrica de una base de seguidores radicalizados y leales a su retórica, y es una base protegida por la constitución que manda libremente Bolsonaro. Entonces así será: mantendrá su posición como mandatario hasta que sea encarcelado o hasta que muera.