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Letrux, em noite de climão. 2018 Elizabeth Thiel

Letrux, em noite de climão. 2018
Elizabeth Thiel


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Anna Karenina, 2018. Elizabeth Thiel ©Anna Karenina, 2018. Elizabeth Thiel ©Anna Karenina, 2018. Elizabeth Thiel ©

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reflexão

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movimento, 2017movimento, 2017

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sigacontagioverbal2:

ATENÇÃÃÃÃÃÃÃAÃAAAAAAAAAO

oi gente

existem pessoas muuuuito boas no mundo e eu tive a sorte de conhecer uma, que se propôs a me ajudar aqui no tumblr

peço que esqueçam esse tumblr aqui e sigam em outro tumblr

http://sigacontagioverbal.tumblr.com

mesma coisa que aqui, estilo e tal, só precisei trocar de conta

podem dar unfollow nesse e seguir no outro, pois vou lotar a dashboard até todo mundo ver isso pois não sei porque mas continuam seguindo nesse aqui

obrigaaaaaado <3

O tapete azul da sala,
Vazia,
Reclama seu corpo
Como propriedade,
Nu,
Perdido entre as almofadas
Testemunhas do nosso gozo.
Mas não sou eu quem sinto sua falta,
É só o tapete azul que se afeiçoou
Pelo moreno da tua pele.


A.C

Ela era um cometa em rota de colisão com o seu planeta, a ele só restava esperar o impacto dela na sua gravidade.

E quando me dei conta eu já havia tirado a roupa, tirado a alma pra fora e me exposto. Ela me devorava como o fogo à palha seca, e se espalhava. De repente eu era todo ela, sem nem me importar.

A.C

Uma carta para a garota que um dia eu já fui

Cara eu do passado,

Eu sou a pessoa que você vai ser no futuro. Eu senti necessidade de escrever isso para você porque… bem, eu te conheço melhor do que qualquer outra pessoa.

Eu sei o quanto você se culpa e se odeia por cada erro que você comete, independente do tamanho do seu erro. Eu sei que você se cobra mais do que deveria, que você se esforça para que a perfeição seja uma meta alcançável e que acha erros coisas inadimissíveis. Você carrega um peso enorme que você mesma colocou em si. Você se esforça e se cobra e, a cada coisa que você não consegue fazer do jeito que você quer, você se coloca uma culpa desproporcional e esmagadora.

E eu queria te dizer que eu te perdôo por cada erro que você já cometeu.

Cada coisa que você errou, e pelo que se culpou, se irritou, se chateou, aceitou as consequências porque achou que merecia tudo isso e ainda mais… Eu te perdôo por tudo que já aconteceu.

Eu não te culpo por absolutamente nada. Nada do que você fez ou deixou de fazer. Eu tenho paz em relação a isso. Eu queria que você soubesse que está tudo bem.

Não adianta eu continuar me culpando por coisas que já aconteceram porque eu não sou mais a pessoa que você é aí, no passado. A cada erro que cometemos, nós aprendemos e crescemos. Nós sempre melhoramos como pessoa. É muito fácil eu, agora, falar que teria feito as coisas diferentes, sendo que eu já passei por essa situação e já aprendi com ela.

Eu estou em constante mudança, e o jeito que eu já reagi a uma situação passada provavelmente não é o jeito que eu reagiria se a mesma situação acontecesse agora. Eu não sou nem a mesma pessoa que eu era há um minuto atrás. Sendo assim, como posso ficar me culpando pelo passado sendo que nós nem somos mais a mesma pessoa? Eu não sou mais a pessoa que cometeu o erro.

Eu gosto muito de brincar e falar que a eu do passado falhou em certas coisas, mas não leve para o pessoal. Te garanto que é apenas uma brincadeira para eu conseguir lidar com certas situações no momento. Te garanto que nunca guardo rancor por muito tempo.

Eu sei que nada nunca parece bom o suficiente, mas eu também sei o quanto você está se esforçando. Eu tenho muito orgulho de você, e digo isso da maneira mais honesta e pura possivel, do fundo do meu coração.

Não se esqueça: tudo sempre dá certo no final. Apenas continue dando o seu máximo e saiba que isso é mais do que o suficiente.


Com amor e carinho,

A sua eu do futuro


~Misty

Explosão

Pessoas falam que sentimentos acumulados podem explodir.

E o que você faz quando você acumula sentimentos em um ponto que mesmo após você tentar resolvê-los conversando com o problema, você ainda sente que a carga não saiu de você? Ou pior, quando você sente que a carga apenas aumentou?

Às vezes, a explosão não é algo ruim. Às vezes, a explosão é apenas o que eu preciso para dizimar esse sentimento de uma vez por todas.

Localize a fonte do seu sentimento. Veja ela entrar em combustão. Exploda. Destrua. Dizime. Elimina. Faça com que não exista mais em um lugar que você possa ver. Apague completamente da existência. Nunca mais permita que ele te influencie em qualquer jeito que minimamente te afete.

O reduza a nada.

E, após você explodir e acabar por inteiro com o seu problema, sinta o calor esquentar sua pele.

É reconfortante, não é?

~Misty

Incômodo


Hoje, acordei me sentindo um pouco estranha.

Eu sentia uma sensação de profundo incômodo e irritação. É algo que não tem um motivo exato para estar acontecendo, mas está lá. É um leve aperto no peito que não é forte o suficiente para ser uma dor, mas é forte o suficiente para se mostrar presente. É uma sensação de que algo está errado mesmo que você saiba que não há nada errado. É uma leve cutucada na sua mente sem que você possa evitá-la. É não se sentir confortável nem quando você está fazendo algo que você gosta, como assistir séries, ou ler um livro, ou caminhar. É você sentir um leve peso sobre você até quando está tentando relaxar.

Uma mistura de sentimentos rodopia nos meus pensamentos. O incômodo torna tudo mais intenso do que seria normalmente. A tristeza faz tudo parecer mais tedioso e maçante. A insegurança diz que todos me odeiam. A irritação diz que tudo bem se eles me odiarem, não é como se eu devesse me importar.

Por certos momentos de hoje, fiquei com raiva do calor que tentava me esquentar. Fiquei com raiva das pessoas que eu via pela janela do meu quarto andando na rua, por elas estarem rindo e conversando e parecendo bem. Mas, principalmente, eu tive raiva do mundo, por continuar girando e se movendo, sem me dar tempo para eu resolver o meu incômodo antes de seguir em frente.

Meu incômodo apenas deu uma aliviada quando eu vi que o céu não estava azul. O céu estava completamente tomado de nuvens. Tudo acima de mim era um manto cinza claro homogêneo. Tudo parece igualmente iluminado, mas sem nenhuma evidência de que o sol está lá em cima.

Abri a janela e o ar fresco balançou meus cabelos. Eu fechei os olhos e respirei fundo, deixando a brisa me envolver e causar arrepios nos meus braços.

A brisa fresca levantou o peso sobre o meu peito e o céu acinzentado limpou a minha mente. Pequenas coisas que tornaram o meu dia de hoje mais suportável.

Talvez meu humor sofra uma mudança brusca e tudo pareça mais lindo daqui a cinco minutos. Talvez meu dia não fique melhor do que isso. Não é como se estivesse completamente sob o meu controle.

De qualquer jeito, não me importo em ter alguns dias assim, desde que não sejam a maioria.

Eu abro as portas do meu quarto para esse incômodo, e digo para ele se sentar enquanto eu preparo um chá para nós dois. Eu converso com o meu incômodo para tentar descobrir sua fonte.

Quando há uma fonte, nós resolvemos o problema juntos.

Quando não há uma fonte, como hoje, eu apenas concordo com a cabeça em compreensão. Aperto levemente seu braço de maneira reconfortante e dou um pequeno sorriso. Está tudo bem. Nós vamos ficar bem.

Continuamos tomando nosso chá em silêncio.



~Misty

Viva

Tem momentos que o mundo parece ser… muito. Muito intenso, pesado, te puxando para baixo.

As pessoas falam sobre viver, e não apenas existir. Mas, às vezes, não é uma questão de existir. Às vezes, eu sinto que já estou morta.

É por isso que eu preciso de coisas que me provem o contrário.

Eu preciso de conversas até tarde da noite, de rolês na Paulista de madrugada e andar de skate na ciclovia mesmo sem saber andar de skate direito. Eu preciso de corridas no parque até meus pulmões pegarem fogo, beber até sentir a cabeça latejando a ponto de quase explodir, atravessar a rua mais perto dos carros do que eu deveria…

Eupreciso disso. Preciso dessas provas.

Qualquer coisa para eu me sentir viva.


~Misty

Ah, o amor

Eu não escolhi me apaixonar. Inclusive, eu estava exatamente fugindo do amor quando você me encontrou.

Nossa conexão foi imediata. Em poucos dias, parecia que nós éramos íntimos havia anos. Nossas almas estavam entrelaçadas de um jeito que as forças do universo nunca poderiam explicar.

Eu olhei para os seus olhos e eu quis saber o que fazia eles brilharem. Não demorou muito até eu descobrir algumas coisas.

As coisas que faziam seus olhos brilharem eram muitas e isso era incrível! Você se entrega tanto para as coisas nas quais é apaixonado. Seus olhos brilham quando conversamos sobre o universo e sua imensidão, quando nós rimos, quando dançamos, quando ficamos acordados até de madrugada… quando você simplesmente olha para mim. Eu percebi que eu faço seus olhos brilharem, e tudo que eu pensei naquele momento foi “não, não, não, eu não concordei com isso!”

Eu me recusei a aceitar o óbvio, e menti para mim até acreditar que todos os seus amigos faziam seus olhos brilharem daquele jeito. Mas é claro, não há como eu ser especial nesse ponto - não para você, nem para ninguém no momento. Simplesmente, não.

E o tempo passou.

Algo me puxava para você, algo que eu decidi que era uma forte ligação de amizade, um amor completamente e estritamente platônico. Ah, e como isso acalmava minha alma. Nos aproximamos cada vez mais e tudo ia perfeitamente bem. Quer dizer, até que não mais.

Eu sempre tentei manter um certo limite entre o que poderia acontecer entre nós. E o que eu faço com esse limite quando eu olho para ele e só quero que ele desapareça?

O que eu faço quando minha mente vaga sozinha e eu começo a imaginar o jeito que você deve beijar alguém? Quando eu imagino que os lábios que você beija poderiam ser os meus? O que eu faço quando sinto esse embrulho horrível no estômago quando ouço você falar o nome de outra pessoa? E quando eu sei que eu provavelmente não sou uma opção para você por culpa minha, pelos limites que eu impus?

Eu lutei tanto para afastar o amor de mim. Eu não queria amor. Eu queria paz.

Mas, agora, parece que a única paz que eu posso ter é perto de você.

O que eu faço?


~Misty

Uma ajuda


É uma sensação engraçada essa.

Quando você não está perdida - longe disso. Quando você se lembra perfeitamente do caminho, quando você sabe todas as curvas e voltas que precisa fazer para ir de volta para casa, mas não é isso o que você quer fazer. Você quer que alguém vá até você e te ache.

Você não está perdida, mas você quer ser encontrada. Você sabe que pode se acolher sozinha, mas você quer ser acolhida nos braços de alguém que se importe com você.

Por mais independente que você seja, às vezes, simplesmente não é o suficiente.

Às vezes, você consegue se levantar sozinha.

Porém, às vezes, você sente que a mão que te levanta precisa ser de outra pessoa.


~Misty

Monstros

Uma vez, me pediram para contar uma história sobre monstros. Eu, de imediato, contei a história sobre o meu primeiro amor.

-Mas isso não é uma história sobre monstros.

-Os monstros não vivem embaixo da sua cama - eu disse. - Eles te fazem rir, pegam na sua mão e te beijam com a mesma boca que eles mentem ao dizer que te amam.

~Misty

“Eu lhe odeio.”

Você me disse algumas palavras bonitas, poucas e nada sinceras. Juro que pensei que havia algo de humano em você, até o dia em que você me destruiu completamente.

Espero que esteja feliz por saber

Que nem meus próprios cacos caídos no chão

Eu fui capaz de pegar.

E que nunca esquecerei a sua voz doce

Me chamando de fracassado e inútil

E que minha dor, por mais fútil que fosse,

Não passava de uma diversão;

Uma piada que colocava em seu rosto um sorriso sádico.

Desde que tudo começou, naquele verão que jamais esquecerei — não importa qual ou quantas drogas eu use — eu lhe amei.

Amei-lhe com tudo o que podia,

Dei tudo o que eu tinha,

Entreguei-me de corpo e alma, como um pacto,

Para, depois de tudo, você olhar na minha cara

Dizendo que nunca me amou.


Mas, sabe, eu lhe amo

E me odeio por isso.

Mas antes eu já não me amava,

Então você só me confirmou

O erro que eu sou;

Logo eu acho que lhe odeio também.


— Phelipe Lawliet.

(Inspirado no anime “OreShura”)

(14.09.19)

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