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Hoje eu queria escrever sobre o amor, mas eu não quero ter que escrever sobre você. Eu não quero ter que lembrar das nossas risadas, nem dos nossos beijos, nem dos nossos olhares apaixonados. Eu não quero me lembrar das nossas promessas, das nossas viagens ou de nossos planos para o futuro. Eu não quero, pois eu não vou suportar esse gosto amargo dessa nossa última conversa ser mais forte do que toda a nossa história.

Hoje eu queria escrever sobre o amor.

Mas eu não consigo.


OrenZ

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Música recomendada: Final Fantasy XV Episode Ardyn - Somnus Boss


Este é o fim. 

A tempestade final se aproxima e nada será capaz de deter o destino que nós mesmos construímos. Do topo de um prédio eu aprecio os últimos momentos do mundo em ruínas. E tenho que admitir, eu nunca pensei que o apocalipse seria tão… bonito.

Nos escombros das construções destruídas pelo caos, milhares de penas brancas caem por todos os lado. Elas planam graciosamente até o chão, cobrindo o que foi uma vez as ruas e avenidas de uma grande cidade. As pessoas saem de seus esconderijos impressionadas com esse estranho fenômeno. Ao olhar para cima, seus olhos enchem de lágrimas e seus corações transbordam de esperança ao presenciarem mais de mil anjos sobrevoando os céus da falecida capital.

Todos os seres angelicais se posicionam em um semicírculo, frente a um único líder. Todos fazem silêncio para observá-los, até os ventos cessam para prestarem atenção. Com um movimento suave de suas mãos, o Anjo Maestro comanda que a sinfonia se inicie. Uma melodia serena e levemente melancólica inicia o grande concerto final. Por um pequeno instante, todos puderam sentir a paz de se estar no próprio paraíso. 

A sinfonia harmoniza em um som baixo, um suspense de uma paz-armada. Um medo súbito toma o coração de todos que assistiam o espetáculo. Suas bocas se secam e os olhares se esvaziam. Naquele momento nós percebemos: nossos guardiões não vieram nos salvar. Não, não… depois de tudo o que fizemos, como pudemos sequer ousar pensar em redenção? Não, muito pelo contrário, nossos anjos vieram para anunciar o belíssimo fim da nossa existência. 

Ao levantar de suas asas, toda a música se intensifica. Os ventos voltam a soprar com fervor e o Maestro Angelical parece se divertir com o medo alheio desses pequenos seres.  Eles correm e correm, até que estejam fugindo o mais rápido que suas pernas permitem. Com um movimento abrupto e preciso, o Maestro comanda que toda a legião inicie a sua mais forte e sombria sinfonia. 

Raios, trovões, tempestades e furacões. O Anjo do Apocalipse sorri em um prazer perverso enquanto cada movimento de seus braços ordena um novo desastre natural. Tremores, terremotos, explosões e erupções. O seu bater de asas ecoa por todos os cantos do mundo lembrando toda a raiva que o próprio planeta guardou de nós. Gritos e mais gritos humanos se mesclam com os milhares de instrumentos musicais, transformando-se na última parte dessa vil sinfonia angelical.

O Maestro Apocalíptico ordena que apenas alguns instrumentos de corda em conjunto do coral angélico continue tocando, tudo para que ele aprecie e saboreie o sumo desespero da humanidade. Suas asas e seus braços se estendem de canto a canto em puro êxtase enquanto um brilho luminescente o ilumina. Do topo do prédio eu posso ver, posso ver uma única lágrima escorrendo de seu rosto e sua expressão totalmente vil e orgástica. 

A sinfonia chega ao seu clímax e todos os milhares de anjos reproduzem a mais perfeita e mais bela harmonia de todas. Como é lindo, como é lindo o fim do mundo! Mesmo com tudo o que fizemos, mesmo com todos os nossos pecados acumulados, somos agraciados com o mais divino dos espetáculos, o mais incrível, o mais emocionante de todos! Ah, que momento perfeito! Se eu puder voar, me tornarei um anjo também! 

Na ponta do edifício, eu fecho meus olhos e estendo meus braços como fez o Anjo do Apocalipse. Um enorme furacão começa a se formar ao meu redor. Nunca senti tamanha emoção, nunca senti tanto prazer em estar vivo! Eu deixo meu corpo cair para trás e ser levado. Estou voando! Sim, sim! Estou voando! 

O Anjo da Morte sorri para mim. E eu sorrio de volta.


Ah, como é belo o fim do mundo!



OrenZ

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Cartas para mim: Nosso Último Beijo


Já passava das duas da madrugada. Eu deveria estar indo para casa e você, assistindo séries em seu quarto, mas estamos aqui, sentados um de frente para o outro, dançando com nossas mãos enquanto ouvimos “Can I Call You Tonight?”. Sua expressão de ternura enquanto eu acaricio o seu rosto é tudo o que eu preciso para me sentir em paz. Seus dedos deslizam pelo meu rosto, nossos lábios se aproximam, e eu sussurro para você: “Um último beijo antes de tudo acabar”.

Tudo na vida tem um fim, alguns são inesperados, outros, premeditados. Alguns fins parecem nunca acabar, mas outros têm começo, meio e, quem diria, um fim. Você me ensinou que alguns fins podem ter sabor de um café fresquinho, com direito a chantilly e raspas de chocolate, ou então de um matchá bem quente na sua caneca favorita enquanto você lê um bom livro e escuta o barulho da chuva para te acalmar. E sabemos bem que, de tudo o que aconteceu em uma história, são sempre dos fins que nós mais nos lembramos.

Sabe, desde a primeira vez que nos beijamos, eu sempre soube que essa seria uma história com começo, meio e fim. Eu não queria aceitar isso, de jeito algum. Você é minha melhor amiga, minha companheira mais incrível, aquela pessoa que basta um simples “oi” para o meu dia ficar magicamente melhor. Eu tentei burlar esse fim, mesmo sabendo que ele era inevitável, porque o futuro com você parecia perfeito. Mas então eu entendi.

Você se lembra de quando conversamos indignados sobre como algumas de nossas obras favoritas deveriam ter acabado mais cedo? De como estenderem por mais uma ou duas temporadas foi uma decisão horrível e estragou todo aquele sentimento único que tínhamos por elas? Falamos por horas sobre o que faríamos de diferente e sobre como jamais deixaríamos isso acontecer com nossas próprias histórias. Bom… chegou a hora.

Uma última música toca no som do meu carro, nós nos olhamos e assentimos com a cabeça: uma última volta de carro pela madrugada. As ruas estão vazias, tudo está iluminado e em câmera lenta. É como se a cidade tivesse preparado esse momento só para nós, para a nossa última dança. Seus cabelos balançam com a brisa que entra pela janela, nossas mãos flutuam através do ar da noite. A música está acabando e nossos dedos se entrelaçam, numa última tentativa de agarrar esse momento e lavá-lo conosco. Na minha cabeça, um único pensamento: como é bom estar vivo com você.

Eu acredito que o maior presente que o universo pode nos dar é a chance de nos sentirmos infinitos diante momentos verdadeiramente especiais. Tudo na vida tem um fim, mas você me mostrou que nem todos os finais precisam ser ruins. E que alguns finais são só outros começos.

E nesse romance adolescente entre uma Rainha e um Coração Valente, esse é o final que eu escolhi.

Para sempre ser o seu Coração Valente.



OrenZ

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Estadia


Saiba dizer “Oi” para o Amor quando ele chegar. Receba-o bem, aproveite a sua estadia, mas não espere que ele fique.

E se o dia chegar, saiba dizer “Tchau” para o Amor. Deixe-o ir. Não espere que retorne.

Logo, um novo Amor chegará. E quando acontecer, saiba dizer “Oi, Amor, seja bem-vindo”.



OrenZ


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Cartas para mim: eu te odeio


Eu te odeio. Eu sei que admitir isso me trará todas as energias negativas que definitivamente não preciso, mas eu simplesmente não ligo mais. Dizer em alto e bom tom que eu te odeio é de aliviar a alma. Eu te odeio, serpente-marinha.

Eu te odeio porque eu realmente não consigo me recordar da última vez em que eu estive tão infeliz, tão deprimido e tão vulnerável. Eu estou instável, meus ataques de ansiedade voltaram, meu humor oscila constantemente e eu não consigo ter controle sobre mim. Esses pensamentos me dominam sem aviso prévio, e eu começo a sentir medo de que isso seja o meu verdadeiro eu.

Eu te odeio, serpente-marinha, porque você brincou comigo. Você sempre tinha que estar certa, e então você me dizia como eu era o incoerente, o hipócrita, como eu era “igual a todos os outros”, mas na verdade eu nunca estive errado. 

Eu te odeio porque você me fez acreditar que eu podia confiar em você. Você veio atrás de mim, quebrou todas as minhas barreiras, desarmou todos os meus alarmes e finalmente conseguiu o que queria. Eu te mostrei o meu mundo escondido, o meu “eu” mais íntimo e profundo do meu ser, e então você desapareceu. 

Eu odeio como você me manipulou com suas palavras doces, suas promessas vazias e suas chantagens emocionais. Eu odeio ter caído em seu jogo, mesmo tendo recebido diversos sinais. Eu odeio como a sua mera lembrança é o suficiente para estragar o meu dia. Eu odeio que você não está aí para isso e odeio admitir que você nunca nem esteve.

Tudo piorou depois que eu te conheci, e é por isso que eu te odeio. Porque, antes de você eu não me sentia tão solitário, nem tão ansioso, nem tão menos que os outros.  Antes de você eu não precisava duvidar das minhas atitudes, nem do meu jeito, nem da minha aparência. Antes de você, eu e meu vazio estávamos em paz, e agora eu luto contra ele todos os dias sem parar.

Eu te odeio, serpente-marinha, porque você trouxe de volta para mim tudo aquilo que eu lutei anos e anos para superar.


OrenZ

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Montanhas-russas


Eu nunca gostei de montanhas-russas. Quando eu era pequeno, passei pela experiência de andar em uma montanha-russa infantil. Chorei, chorei até soluçar. Alguns anos depois, na adolescência, decidi experimentar mais uma vez, afinal de contas eu cresci, e o meu medo poderia ser mesmo só uma coisa de criança.

Aos quinze anos, sentado no primeiro vagão, as travas de segurança do brinquedo descem e eu percebo que me encontro sozinho. A comitiva começa a se mover, agora é impossível desistir. As engrenagens dos trilhos estalam enquanto trabalham para nos empurrar para cima. O passeio é agradável, mas a altura me assusta. E se alguma coisa der errado? Não há nada que eu possa fazer. Eu fecho meus olhos e torço para que tudo dê certo.

Logo os estalos cessam. Uma calmaria gentil toca o meu peito e meus olhos se abrem. Pequenos pontos luminosos brilham e decoram os céus crepusculares daquele fim de tarde. Do topo da montanha-russa, o ar é fresco e o horizonte é infinito. Mas os trilhos voltam a estalar suas engrenagens.

O desespero toma conta de mim, eu ainda não estou pronto para a descida. Eu olho para cima e jogo meus braços ao alto tentando agarrar aquele último pedaço de céu estrelado, mas a descida ao inferno já começou. E então eu grito, grito de raiva, grito de medo, grito de angústia. Grito da descida repentina, das viradas em trancos abruptos, dos loopings e suas reviravoltas indesejadas e, principalmente, das incertezas do que poderá vir a seguir. Eu grito tudo o que eu posso até que não tenha mais ar em meus pulmões para isso. E então eu choro, choro até soluçar.

Eu nunca gostei de montanhas-russas, e mesmo assim eu não consigo escapar delas. Quando olho para os seus olhos, vejo novamente as estrelas iluminando o horizonte infinito. Eu sei que logo a descida vai chegar, porque esta é uma montanha russa. Sei que logo os trancos vão me fazer chorar, e não há nada que eu possa fazer.

Eu sei que eu não quero parar de vislumbrar esses seus céus acastanhados, mas eu sei que eu não quero mais andar em montanhas-russas.


OrenZ


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https://www.youtube.com/watch?v=eD0XEH3qVCk


Meu amor, não chore, está tudo bem. Veja, a tempestade já está quase acabando.

Você se lembra do que me disse há algum tempo atrás? Você disse que o nosso amor é único, capaz vencer qualquer barreira. Talvez eu não consiga mais enxugar as suas lágrimas, nem te beijar um milhão de vezes até você finalmente rir, nem te oferecer o aconchego do meu abraço nos dias difíceis de trabalho que você tiver, mas não pense que eu te abandonarei. Eu sempre estarei olhando por você, lá de cima, junto às estrelas que você tanto ama.

Eu sinto muito por estar partindo tão cedo. Eu prometo que vou te recompensar na próxima vida com todas as tortas de morango e sorvetes de flocos que você desejar. Eu prometo, todos os dias, levar seu café da manhã até você na cama com suas frutas favoritas da estação. Prometo te acordar com um beijo carinhoso de bom dia e com o aroma quentinho de um café fresquinho, do jeito que você ama. Eu prometo ficar lá ao seu lado por toda a manhã, admirando a maneira como você sorri enquanto o sol ilumina os seus cabelos castanhos maravilhosamente bagunçados.

Veja, meu amor, a tempestade está quase acabando. Eu prometo que vou te procurar e nós vamos nos reencontrar, porque eu te amo muito, muito mais do que você ama tortinhas de morango pela manhã. Eu te amo do fundo do meu coração, e por isso deixe-me enxugar as suas lágrimas uma última vez, deixe-me te beijar até você sorrir uma última vez, deixe-me sentir o calor do seu abraço só por mais alguns minutos.

Veja, meu amor, como o sol de põe. Logo as estrelas aparecerão e você poderá me encontrar novamente entre elas.

OrenZ

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Ella dijo: “Dime algo bonito”

Él le dijo: (∂ + m) ψ = 0

Esta es la ecuación de Dirac, y es la más bonita de toda la física. Describe el fenómeno del entrelazamiento cuántico, que afirma que “Si dos sistemas interaccionan entre ellos durante cierto periodo de tiempo y luego se separan, podemos describirlos como dos sistemas distintos, pero de una forma sutil se vuelven un sistema único. Lo que le ocurre a uno sigue afectando al otro, incluso a distancia de kilómetros o años luz”.

Esto es el entrelazamiento cuántico o conexión cuántica. Dos partículas que, en algún momento estuvieron unidas, siguen estando de algún modo relacionadas. No importa la distancia entre ambas, aunque se hallen en extremos opuestos del Universo. La conexión entre ellas es instantánea.

Es lo mismo que ocurre entre dos personas cuando las une un vínculo que solo los seres vivos pueden experimentar. Es el modo en que funciona esta relación a la que llamamos AMOR.

¿Cuántas veces nos arrepentimos de no hacer las cosas en su momento? ¿Hasta cuando vamos a permitir que nuestros miedos se carcoman nuestros deseos?

¿No es irónico?

Ignoramos a los que nos adoran. Adoramos a los que nos ignoran. Amamos a los que nos hacen daño y hacemos daño a los que nos aman.

¿Química o alquimia?

“Le preguntaron al Maestro cuál era la diferencia entre la química y la alquimia en las relaciones de pareja y contesto estas hermosas y sabias palabras:

- Las personas que buscan "Química” son científicos del amor, es decir, están acostumbrados a la acción y a la reacción.

Las personas que encuentran la “Alquimia” son artistas del amor, crean constantemente nuevas formas de amar.

Los Químicos aman por necesidad.

Los Alquimistas por elección.

La Química muere con el tiempo.

La Alquimia nace a través del tiempo.

La Química ama el envase.

La Alquimia disfruta del contenido.

La Química sucede.

La Alquimia se construye.

Todos buscan Química, solo algunos encuentran la Alquimia.

La Química atrae y distrae a machistas y a feministas.

La Alquimia integra el principio masculino y femenino, por eso se transforma en una relación de individuos libres y con alas propias, y no en una atracción que está sujeta a los caprichos del ego.

En conclusión, dijo el Maestro mirando a sus alumnos:

La Alquimia reúne lo que la Química separa.

La Alquimia es el matrimonio real, la Química el divorcio que vemos todos los días en la mayoría de las parejas.

“Comencemos a construir relaciones conscientes, pues la química siempre nos hará envejecer el cuerpo, mientras la alquimia siempre nos acariciará desde adentro”.

¿Hay un orden perfecto?

Aunque el orden sea el desorden, ese orden de desorden es perfecto.

Todo es perfecto.

Tu eres perfecto.

Tu pasado es perfecto.

Tu presente es perfecto.

Tu futuro es perfecto.

Rindete ante ese orden perfecto.

Suelta el control, y date cuenta que NUNCA LO PERDISTE POR QUE NUNCA LO TUVISTE.

Se que no soy la chica que hace latir tu corazón

Ni la que roba suspiros al pasar

Pero demonios intento ser perfecta para ti.

No eras de este mundo, eras demasiado para tan cruel destino, tus hermosas arrugas y sonrisa incompleta me demostró que lo único que perdura aún después de la muerte es el amor.

-Loboescarlatta

He pasado demasiado tiempo solo y aunque quisiera dejarlo no puedo, a este silencio me he acostumbrado y ahora todos los días mis ojos se pierden en el cielo hasta caer en un profundo sueño.

-lobo escarlatta

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